Numa viagem pelas sendas da Antropologia, abordando as evidências da presença dos fenícios no Maranhão e a hipótese de que as estearias lacustres da Baixada Maranhense pudessem vir a constituir um desses vestígios, o pesquisador maranhense Raimundo Balby lança amanhã, às 17h, no Palace Clube, no município de Penalva, o livro “Fenícios no Maranhão - Realidade ou Lenda?”. A obra soma 119 páginas e revela o interesse do autor pelos temas históricos e a paixão por sua terra natal.

Dentista e pesquisador, Raimundo Balby realizou pesquisas em livros e in loco, elaborando também um documentário em DVD. Balby pesquisou as estearias durante mais de 30 anos e constatou que as mesmas não guardam qualquer relação com a cultura fenícia, o que não invalida sua tese de uma provável presença em território maranhense.

“Duas antigas lendas reforçam a teoria de que os europeus sabiam da existência de outro mundo além do Oceano Atlântico, o fantástico continente de Atlântida e a Ilha das Sete Cidades. A primeira aparece em centenas de obras. Platão, Homero, Sólon e outros historiadores da antiguidade fizeram referência ao misterioso continente submerso após grande catástrofe. A segunda, com o nome latim de Insula Septem Cavitatium -, procurada pelos romanos desde 740 d.C.- era um novo Éden, com muito ouro, riquezas e estaria localizada nas Antilhas e no Piauí”, escreve Balby na introdução.

Guerra
O pesquisador é autor de obras diversificadas, como “Nos tempos do Cine Trianon”, lançado no ano de 2000, “Pequena História do Carnaval Penalvense” (2005) e “A Cultura Neolítica de Penalva – estearias” (1985). Segundo ele, no Maranhão, os fenícios estiveram após a guerra de Tróia, onde fundaram colônias e construíram estaleiros para as suas embarcações nos lagos da Baixada. “O certo é que, antes da Era dos Descobrimentos, os fenícios audazes aventureiros foram precursores dos espanhóis e portugueses na conquista do Atlântico e do Pacifico”, afirma.

Conforme a obra, uma velha e grande embarcação localizada na segunda década do século XIX, no lago Cajari, em Penalva, poderia ser, com uma boa dose de imaginação, um dos vestígios da passagem dos fenícios pelo Maranhão. O lugar, hoje, é conhecido dos pescadores locais como “Canoa Velha” e fica nas proximidades da enseada do Tacoeiro. José de Sousa Gaioso, em livro publicado em 1818, faz referência e ela: uma grande canoa já quase consumida pelo tempo. Cita também indícios de casas no lago (as estearias) e fala de uma suposta estrada no roteiro do rio Pindaré. l

Serviço

O quê

Lançamento do livro “Fenícios no Maranhão –Realidade ou Lenda?”

Quando

Hoje, às 17h

Onde

Palace Clube, em Penalva

Preço do livro: R$ 30,00

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