Acidente

Gerente e engenheiro do Golden Park são indiciados

Responsáveis pelo parque foram considerados coautores da morte de Luzivânia Brito, ocorrida dias depois dela ser arremessada de brinquedo

Atualizada em 11/10/2022 às 12h54
Polvo, brinquedo do Golden Park, de onde mulher e criança caíram
Polvo, brinquedo do Golden Park, de onde mulher e criança caíram (Golden Park)

O gerente do Golden Park, Antônio César Santana Santos, e o engenheiro mecânico responsável pelo estabelecimento, cujo nome não foi revelado pela Secretaria de Segurança Pública do Maranhão até o fechamento desta edição, serão indiciados criminalmente pela morte de Luzivânia Brito, de 39 anos, ocorrida no dia 22 de setembro deste ano, dias após ter sido arremessada do brinquedo Polvo. De acordo com o 1º Distrito Policial, responsável pelo caso, ambos os indiciados responderão por “omissão de documento atestando a segurança do brinquedo”.

Ainda de acordo com a polícia, os indiciados são considerados coautores do crime, que, além de vitimar uma pessoa, deixou a filha da vítima, de 8 anos, gravemente ferida. O indiciamento ocorreu um dia após a divulgação do laudo do Instituto de Criminalística (Icrim), que confirmou as “más condições” de funcionamen­to e utilização do brinquedo Polvo.

De acordo com a delegada titular do 1º DP, Irla Lima, o inquérito sobre o caso foi enviado à Justiça, que, por sua vez, deverá definir sobre a condenação ou não dos apontados. “Com essa prova, a polícia fechou o caso e aponta duas pessoas como coautoras do acidente que vitimou fatalmente uma pessoa e deixou outra ferida”, informou.

Além de confirmar as más condições do Polvo, o Icrim detectou que a estrutura causadora do óbito “não tinha uma série de itens que deveriam garantir a segurança do público, tampouco havia sido submetida a vistorias”. O instituto informou ainda que o brinquedo não estava equipado com sistema elétrico apropriado e nem contava com sinalização indicativa de altura máxima para uso da estrutura.

O laudo do Icrim se contrapôs ao depoimento prestado pelo gerente do Golden Park dias após o acidente ocorrido no dia 14 de setembro. De acordo com ele, todos os brinquedos do estabelecimento eram testados diariamente meia hora antes da abertura do local. Ainda de acordo com a polícia, conforme investigações, o Golden Park tinha uma licença temporária do Corpo de Bombeiros e do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Maranhão (Crea).

Multa - A direção do Instituto de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon) informou ontem a O Estado que os responsáveis pelo Golden Park deverão pagar uma multa de apro­ximadamente R$ 1,5 milhão por falta de documentação e garantias de segurança necessárias no local. De acordo com o Procon, a aplicação da multa se dá após notificação, feita há 10 dias, aos proprietários do estabelecimento de diversões.

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