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Palestra com Antonio Cicero e lançamentos de livros integram programação de hoje na Feira do Livro de São Luís

Atualizada em 11/10/2022 às 12h54
O escritor Antonio Cicero estará em São Luís
O escritor Antonio Cicero estará em São Luís (Antonio Cicero)

O domingo será dedicado à literatura na Ilha. É que há três dias a Feira do Livro de São Luís (FeliS) movimenta o Centro Histórico com uma programação que contempla palestras, rodas de conversas, lançamentos, conferências, recitais e oficinas. Hoje, o escritor Antonio Cicero profere, às 20h, no auditório Lourdinha Lacroix, a palestra "A Cidade e os Livros - um percurso de pertencimento".

Além da palestra, a noite terá ainda os lançamentos de “Um livro de crítica”, de Frederico José Correa (autor) e Bruno Azevêdo (organizador); Rejuvenesça com beleza e espiritualidade, de Jurandy Leite; e “A Plumagem do Silêncio”, de Ricardo Leão.

No Café Literário, às 17h, será debatido o tema “Poesia maranhense atual: diversidade e tradição”, com as presenças de Dyl Pires, Luís Inácio e Josoaldo Rêgo e mediação de Celso Borges. Em seguida, o tema será “Um livro de crítica - Atenas pra francês ver?”, com os debatedores Sebastião Moreira Duarte, Henrique Borralho e Ricardo Leão, mediado por Bruno Azevêdo.

Transitando com facilidade entre a filosofia e a poesia, Antonio Cicero escreve desde a adolescência. Na FeliS falará, com mediação da jornalista Andrea Oliveira, sobre um tema que permeia alguns de seus escritos a exemplo do ensaio "Poesia e paisagens urbanas", publicado em 2000 na coletânea “Mais poesia hoje”, organizada por Celia Pedrosa (editora 7Letras, Rio de Janeiro) e no livro de poemas “A cidade e os livros” (editora Record), de 2002.

O autor começou a escrever ainda na adolescência, mas sua produção ganhou destaque de forma mais contundente quando seus poemas foram musicados e interpretados por sua irmã, Marina Lima. “Fullgás” e “Para Começar”, são parceria dele com a irmã. O primeiro poema de Cicero que ganhou arranjos musicais de Marina foi “Canção da alma caiada”.

Nomes como Adriana Calcanhoto, Orlando Moraes, João Bosco e Lulu Santos, entre outros, também transformaram poemas de Antonio Cicero em músicas. Este último é coautor, com Antonio Cicero e Sérgio Souza, de “O Último Romântico”, de 1984.

Com o poeta Waly Salomão, organizou em São Paulo de 1993 a 1995, uma série de ciclos de conferências de pensadores e artistas entre os quais os poetas John Ashbery, Derek Walcot, João Brossa e João Cabral de Melo Neto, e os filósofos Richard Rorty e Peter Sloterdijk. As conferências do ciclo de 1994 foram publicadas no livro “O relativismo enquanto visão do mundo” (editora Francisco Alves).

Em 1996, lançou seu primeiro livro de poesia. “Guardar” foi vencedor do prêmio Nestlé, na categoria Estreante.

Lançamentos

Lançado em 1878, “Um livro de crítica”, de Frederico José Correa, ganha, 137 anos depois, uma segunda edição, esta organizada pelo historiador Bruno Azevêdo. “Acho que a obra é importantíssima por questionar uma ideia amplamente reproduzida no Maranhão, a da Atenas Brasileira, que é usada e reusada como base pra formação e legitimação de intelectuais orgânicos no estado. O fato de um livro como este ter ficado 137 anos no escuro já diz muito, e acho que a minha função como pesquisador e como editor é a de possibilitar novas leituras e novos debates”, diz Azevêdo sobre o que o motivou a reeditar o livro que chega ao mercado pelo selo Pitomba! Livros e Discos, de sua propriedade.

Azevêdo foi o maestro de uma orquestra que reuniu esforços de muitas pessoas. Frederick Brandão fez a transcrição do livro original, localizado na Biblioteca Pública Benedito Leite. Segundo o historiador, o exemplar está em condições não muito boas. “O livro está todo riscado pelo Ruben Almeida, que era diretor da Biblioteca e mutilava os livros”, lamenta.

Já a Maristela Sena coube a adaptação e preparação dos verbetes de um glossário dos termos em desuso, enquanto Joelma Sandez fez a revisão. Sebastião Moreira Duarte preparou o texto, fazendo uma última leitura. “O livro foi provocado por um capítulo da tese de Ricardo Leão, que reformatou esse capítulo como ensaio na nossa edição. Henrique Borralho também escreveu um ensaio”.

Para reunir a fortuna crítica do livro, o organizador pesquisou em jornais e encontrou artigos, resenhas e cartas. “Também achei os obituários do autor e notas sobre ele até 1939. Todo esse material está no livro”.

O projeto gráfico e a diagramação, que vem de uma pesquisa sobre a Tipografia do Frias, que editou o livro original, também são de Azevêdo. O designer Waldeilson Paixão fez a capa, também com base na tipografia do Frias. Na publicação há ainda uma pesquisa iconográfica, com recortes, anúncios e ícones que ilustram a edição.

Além de participar da mesa “Um livro de crítica - Atenas pra francês ver?”, ao lado de Sebastião Moreira Duarte e Henrique Borralho, o pesquisador e escritor Ricardo Leão lançará o livro de poesia “A Plumagem do Silêncio” (Nobres Letras). O livro tem apresentação de Sandro Fortes, prefácio de Fernando Gebra, posfácio de Raimundo Fontenele, orelha de Salgado Maranhão e contracapa de Nauro Machado.

Rejuvenescer

Já Jurandy Leite apresentará aos leitores o livro “Rejuvenesça com beleza e espiritualidade”. Na obra o autor se dirige a quem quer - e sabe que pode - construir sua própria realidade, liberto das limitações impostas pelo materialismo científico, lançando o seu olhar para as descobertas da nova ciência, a Física Quântica.

Em linguagem simples e de fácil compreensão, Jurandy Leite mostra que é possível acreditar no potencial criativo, trazendo para o cotidiano uma espécie de “elixir da juventude”, um novo modo de enxergar a vida.

Há mais de 20 anos o autor tem se dedicado aos estudos da mente e da consciência, com base em uma vasta bibliografia na área de filosofia, neurociência, biologia e física quântica. É autor do livro “Rejuvenescer – Agora você pode!”, que trata da temática do rejuvenescimento com base em conceitos da teoria quântica. Nessa área, fez cursos com o renomado físico Amit Goswami, em São Paulo.

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