O artista plástico Ciro Falcão está em cartaz com a mostra “Quebra para fora”, sua 22ª exposição. Montada na Biblioteca Pública Benedito Leite (Centro) até o dia 30 deste mês, reúne telas inéditas que retratam cultura popular, lendas, casarões e temas relacionados a cidade de São Luís.
De acordo com Ciro Falcão, no último dia da mostra, ele fará uma performance teatral baseada em poemas de Augusto dos Anjos e em canções de César Teixeira. “O título da exposição, aliás, é referência a uma das músicas de César Teixeira e a mostra é também uma alusão ao mês de aniversário da cidade”, diz Ciro Falcão.
De tamanhos variados, as telas são feitas na técnica óleo sobre tela e a maior mede 1,50X1,50cm. “Costumo dizer que não escolhi a arte, foi ela que me escolheu, por isto mesmo sigo sempre pintando, produzindo”, destaca o artista acerca de sua produção.
Ele conta que ficou muito feliz ao receber o convite para expor na Biblioteca Pública Benedito Leite e que o local possibilita que ele reforce o diálogo constante que mantém com outras vertentes artísticas. “O fato de ser professor me possibilita essa interação, que neste caso une literatura, artes plásticas e teatro”, observa Ciro Falcão, que é docente das redes estadual e municipal de ensino.
Escola
De obras fortemente influenciadas pelo expressionismo, Ciro Falcão diz que flerta com outras escolas de arte. “Isso é possível porque minha vivência é rica em experiências diversas e assim estou sempre em contato com outras vertentes, aberto a novas experiências”, atesta Ciro Falcão.
Após a exibição na Biblioteca Pública Bendito Leite, Ciro Falcão conta que se esforçará para que a mostra seja montada em outros espaços. “Quero levar a exposição para outros espaços, fazer com que ela seja itinerante, para alcançar mais pessoas”.
A carreira de Ciro Falcão começou em 1971 quando Zelinda Lima e Zé Figueiredo o convidaram elaborar cartazes com desenhos da cultura popular, do folclore de São Luís e do Maranhão. Os desenhos focaram nos aspectos místicos, pois ele fez o cadastro de vários centros de cultura afro-brasileiro em São Luís. No curso de Educação Artística da Universidade Federal do Maranhão, passou a produzir desenhos para os trabalhos da pesquisadora, escritora, antropóloga Mundicarmo Ferretti. l
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