Aliança

PT volta a se reunir para definir posição em relação ao governo de Flávio Dino

Executiva e diretório estaduais se reunirão dias 11 e 12 deste mês para discutir novamente se oficializam ou não apoio ao governo estadual

Carla Lima/O Estado

Atualizada em 11/10/2022 às 12h55
(Ze´Inácio com Dino e Edivaldo)

Na próxima semana a executiva e o diretório estaduais do Partido dos Trabalhadores (PT) no Maranhão volta a se reunir para debater a entrada oficial da legenda ou não na base de apoio do governador Flávio Dino (PCdoB). Desde janeiro, quando os petistas voltaram a conversar com a direção do PCdoB, pouco avançaram as conversas entre as duas siglas.

Nos próximos dias 11 e 12, os membros da executiva estadual e também do diretório do PT tentarão mais uma vez debater e chegar a um consenso sobre a posição do partido em relação ao governo estadual. Nessa reunião, os petistas tentarão avançar nas conversas para definir se entram oficialmente na base de apoio de Flávio Dino já que há quase um ano debatem o assunto, mas não chegam a qualquer definição.

O PT foi procurado no início deste ano pelo presidente estadual do PCdoB, Márcio Jerry, para tentar uma reaproximação entre as legendas, distanciadas desde 2010, quando o PT apoiou a candidatura à reeleição da então governadora Roseana Sarney (PMDB) selando no Maranhão uma aliança já consolidada nacionalmente.

O comunista tentou convencer a maioria dos membros da executiva que a única saída para o PT no estado seria oficializar o apoio ao governo recém-iniciado já que membros do partido foram escolhidos para ocupar cargos no governo estadual.

As conversas pouco avançaram porque os petistas estavam voltados somente para as negociações em torno dos cargos federais no Maranhão. Essa divisão passava pelo PMDB e, devido a isso, os petistas temiam um rompimento com os peemedebistas ainda no início do ano.

Movimentos isolados dos deputados petistas Zé Carlos, Zé Inácio e Francisca Primo e ainda do vereador Honorato Fernandes ao declararem-se apoiadores do novo governo também foram feitos para tentar fazer o partido se definir.

Oito meses depois, não houve quaisquer avanços nas conversas. Pelo contrário. Os petistas parecem ter se distanciado ainda mais da possibilidade de ficar de uma vez ao lado de Flávio Dino.

Além de não avançar nas discussões internas, os petistas com mandato, que têm assumido a postura de tentar iniciar os diálogos entre as forças políticas e tirar o PT do enfraquecimento que vive atualmente, recuaram de uma reunião que teriam com o governador na semana passada devido a divergência sobre a participação de petistas que são membros do governo de Dino.

A nova tentativa de definir sua posição será na próxima semana. “O PT precisa de unificar porque, no momento, o partido está frágil”, disse Augusto Lobato, vice-presidente do PT no Maranhão e também assessor especial do governo estadual.

O presidente estadual da legenda, Raimundo Monteiro, um dos defensores da aliança do PT com o PMDB e dos mais resistentes para a composição oficial do partido com o PCdoB, garante somente que o PT está aberto ao diálogo e que ainda sentará para definir suas posições.

O presidente do PCdoB, Márcio Jerry, apesar de não ter conseguido avançar nas conversas com os petistas, disse que o PCdoB vem mantendo diálogo com “destacados membros da direção nacional” do PT e também tem no governo comunista membro do PT e apoio ainda dos deputados petistas na Assembleia Legislativa. Sobre a relação com a direção estadual do PT, o presidente do PCdoB nada comentou.

PT se aproxima cada vez mais de Edivaldo

Enquanto as conversas para compor com o governo Flávio Dino pouco avançam, os petistas caminham a passos maiores rumo a uma aliança com o prefeito de São Luís, Edivaldo Júnior (PDT). O vereador Honorato Fernandes e também os deputados Zé Carlos, Francisca Primo e Zé Inácio são os responsáveis pela negociação com o gestor.

Edivaldo Júnior já se reuniu pelo menos três vezes com petistas para conversar sobre a possibilidade de ter o partido em sua base de apoio rumo à candidatura a reeleição em 2016.

Segundo o vereador Honorato Fernandes, o PT já faz parte da base de apoio do prefeito já que tem um membro da legenda na administração municipal (Marlon Botão que preside a Fundação Municipal de Cultura) e por ter tido o parlamentar como líder de Edivaldo Júnior na Câmara no início da atual gestão.

No entanto, isso não define a ida do PT para uma composição com Edivaldo Júnior. Segundo Raimundo Monteiro, presidente da sigla, somente em abril do próximo ano que o partido vai se reunir e definir a estratégia que adotará para 2016 sendo uma delas, o apoio a candidatura do prefeito de São Luís.

“Sabemos que existem nomes do PT na Prefeitura de São Luís o que deixa meio caminho andado para fecharmos uma aliança, mas isso somente poderá ser definido em abril do próximo ano”, disse Monteiro.

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