Invasão

Ocupação desordenada avança às margens da Av. Quarto Centenário

Construções foram erguidas em área de mangue, o que configura crime ambiental, e também em áreas onde deveriam ser criados espaços públicos; do outro lado da via, casebres foram ocupados em locais que serviriam para a construção de áreas de lazer

Atualizada em 11/10/2022 às 12h55
Pessoas andam em passarela para chegar a palafitas na margem da Av. Quarto Centenário
Pessoas andam em passarela para chegar a palafitas na margem da Av. Quarto Centenário (Palafita)

A ocupação desordenada às margens da Avenida Quarto Centenário ainda é uma realidade. Grande parte do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) Rio Anil, que previa a construção da via e moradias sociais, já foi concluída. Mas, na região, as palafitas retiradas da margem do Rio Anil durante obra da avenida voltaram a ser erguidas. Do outro lado, casebres que foram alvo de operações para serem demolidos continuam no local.

As famílias que ocupavam palafitas no local foram encaminhadas aos apartamentos, que também estavam previstos no PAC. Mas a ocupação dos casebres voltou a acontecer. Na margem do Rio Anil, são cerca de 20 palafitas agrupadas e que tem acesso por uma ponte improvisada de madeira. Algumas delas têm até luz elétrica, por meio de ligações clandestinas, e as lâmpadas das portas ficam acesas até durante o dia.

Além da ocupação da área de mangue, mais preocupante é a quantidade de lixo acumulado embaixo das palafitas. São centenas de garrafas pet, sacos de lixo doméstico e até sofás e colchões podem ser encontrados no local, onde só deveria haver aves mariscando a lama do mangue.

Casebres - Do outro lado da Avenida Quarto Centenário, são os casebres que ocupam áreas onde deveriam ser construídos aparelhos sociais pelo PAC Rio Anil. Os casebres foram sendo erguidos à medida que avançava a construção da Avenida Quarto Centenário, nos bairro da Liberdade e Camboa.

Em fevereiro deste ano, foram retiradas algumas palafitas, que estavam desocupadas e em fase de construção na região. A operação foi realizada pela Blitz Urbana (órgão vinculado à Secretaria Municipal de Urbanismo e Habitação - Semurh) e pela Secid, contando ainda com o apoio de um amplo aparato policial, o que incluiu homens do 8º Batalhão de Polícia Militar (8º BPM), do Batalhão de Choque da Polícia Militar (BP Choque) e também do Grupo Tático Aéreo (GTA).

Moradores de casas que também foram construídas em área proibida, foram notificados. Os responsáveis pelas palafitas invadiram os locais onde seriam criados espaços públicos, como centros culturais, praças, creches, quadras e outros para a utilização da comunidade. Apesar disso, não houve uma continuidade e fiscalização. Assim, a ocupação seguiu de pé.

SAIBA MAIS
Áreas de manguezais
são consideradas Áreas Proteção Permanente (APP) com especificações legais que restringem o uso e a instalação de empreendimentos que causam danos. O desmatamento, a emissão de efluentes ou outras atividades que causem impactos negativos são considerados graves infrações ambientais, podendo implicar processos administrativos e penais.

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