Operação Éden

PF estima que esquemas na Prefeitura de Bom Jardim desviaram cerca de R$ 15 milhões em verba pública

Estão presos Antonio Cesarino, ex-secretário de agricultura do Município, o ex-secretário de Assuntos Políticos, Beto Rocha, também ex-namorado da prefeita, que agora é considerada foragida da polícia

Carla Lima / O ESTADO

Atualizada em 11/10/2022 às 12h55
Coletiva da Polícia Federal
Coletiva da Polícia Federal

A Polícia Federal, durante coletiva de imprensa, explicou que os desvio de verba pública na Prefeitura de Bom Jardim pode chegar a R$ 15 milhões. Segundo o superintendente da PF, Alexandre Saraiva, as investigações tiveram início após denúncias da oposição e também de agricultores que foram cadastrados para fornecer alimentos para as escolas municipais.

Segundo a PF, a Prefeitura pagava o fornecimento de alimentos - mesmo sem esses terem sido fornecidos - mas membros da gestão da prefeita Lidiane Rocha é que sacavam na "boca do caixa" os valores supostamente depositados para os agricultores.

A Polícia Federal disse que somente neste esquema foram desviados cerca de R$ 1 milhão dos cofres da Prefeitura de Bom Jardim.

Estão presos o ex-secretário de Agricultura do município, Antônio Cesarino, e o ex-secretário de Assuntos Políticos, Beto Rocha. Eles deixaram a Superintendência da Polícia Federal em São Luís para fazer corpo de delito no Instituto Médico Legal (IML). Em seguida, os ex-secretários serão levados para a Penitenciária de Pedrinhas.

Foragida - A prefeita Lidiane Leite está sendo procurada pela Polícia Federal. Ela teve a prisão temporária decretada pela Justiça, mas não foi encontrada pelos agentes que fizeram buscam em Bom Jardim e também em São Luís.

O superintendente da PF pede que toda a população de São Luís colabore com a polícia e faça denúncias caso saiba do paradeiro da prefeita. "Solicitamos a todos os cidadãos de bem do Maranhão que se torne um agente da Polícia Federal e nos auxilie na captura dessa pessoa [Lidiane Rocha]", afirmou Alexandre Saraiva.

Lidiane Rocha é investigada desde o início do ano pelo Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco) do Ministério Público do Maranhão (MP), pelo Ministério Público Federal (MPF) e pela Polícia Federal (PF) por suspeita de desvios de verbas da merenda escolar, da reforma de escolas, do Fundeb e do Pnae.

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