Marcha das Margaridas

Mais de 100 mil mulheres participam de caminhada

Delegação maranhense é composta por 1.300 mulheres; elas defendem igualdade, democracia, fim da violência, agroecologia, terra, educação, saúde e cumprimento de direitos básicos

Atualizada em 11/10/2022 às 12h55
Mulheres participaram de abertura da Marcha das Margaridas, em Brasília
Mulheres participaram de abertura da Marcha das Margaridas, em Brasília (marcha das margaridas 750 1208)

Mais de 100 mil mulheres do campo, da floresta, das águas e das cidades - de todos os estados brasileiros e de algumas partes do mundo – devem se concentrar, na manhã desta quarta-feira (12), no estádio Mané Garrincha, em Brasília, para seguir em marcha pela Esplanada dos Ministérios até o Congresso Nacional, defendendo igualdade, democracia, fim da violência, agroecologia, terra, educação, saúde e cumprimento de direitos básicos. A partir das 15h, a presidente Dilma Rousseff deve anunciar, em cerimônia no estádio, o compromisso político do Governo Federal com a pauta das Margaridas.

A 5ª Marcha das Margaridas, considerada a maior manifestação pelos direitos das mulheres do mundo, é coordenada pela Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag) e entidades parceiras. A delegação maranhense é composta por 1.300 mulheres.

Ontem (11), as mulheres se reuniram para uma conferência com o tema “Margaridas seguem em Marcha por Desenvolvimento Sustentável com Democracia, Justiça, Autonomia, Igualdade e Liberdade”, e participaram da abertura oficial.

O Caderno de Pauta de Reivindicações da Marcha das Margaridas, entregue para o Governo Federal e o Congresso Nacional, é resultado de intensas jornadas com discussões coletivas realizadas em todos os estados. Contemplam os anseios e as demandas específicas de cada região brasileira, com fundamentação e vivência de quem está na base, trabalhando e lutando diariamente por uma vida mais digna.

História - A primeira Marcha das Margaridas foi realizada em 2000, quando cerca de 20 mil mulheres de todas as regiões vieram para Brasília. A 2ª Marcha aconteceu em 2003, a terceira em 2007 e, em 2011, mais de 100 mil mulheres participaram da 4ª Marcha das Margaridas.

O dia 12 de agosto marca o assassinato de Margarida Maria Alves, presidente do Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras de Alagoa Grande, na Paraíba. Margarida morreu em 1983, aos 50 anos, vítima de um tiro de espingarda no rosto, crime encomendado por latifundiário que se viu ameaçado pela luta constante da trabalhadora. Ela esteve à frente do sindicato por dez anos, lutando por direitos trabalhistas como respeito aos horários de trabalho, carteira assinada, 13º salário e férias remuneradas: “É melhor morrer na luta do que morrer de fome”, afirmava Margarida Alves.

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