Crédito

Cadastro Positivo não está barateando juros para bons pagadores

Atualizada em 11/10/2022 às 12h56

O Cadastro Positivo definitivamente não está cumprindo o seu objetivo de baratear os juros para os bons pagadores. Ele foi criado em 2013 com proposta de fornecer o histórico de crédito dos consumidores cadastrados para instituições financeiras e varejistas.

A promessa era de que pessoas com ficha limpa na praça poderiam conseguir taxas de juros mais atrativas em diversas modalidades de financiamento, pois elas ofereceriam menos risco para os credores. Na composição dos juros, o risco de inadimplência tem peso que varia entre 25% e 30% da taxa aplicada na concessão do crédito.

Na teoria, o cadastro seria um alívio para quem é bom pagador. Mas na prática, as empresas que ofertam dinheiro ainda não fazem uso dos dados, de forma que o brasileiro se mantém refém de juros galopantes.

Desde 2013, o cadastro atraiu cerca de 2 milhões de adesões. O número é considerado baixo diante da população economicamente ativa do Brasil, que gira em torno de 102 milhões de pessoas.

Os motivos apontados para a lentidão variam. Para as duas empresas gestoras do cadastro, a Serasa Experian e a Boa Vista SCPC, o maior entrave está na necessidade de autorização do consumidor para integrar o cadastro. Na visão das gestoras, o Brasil deveria ter adotado o modelo usado em outros países, em que a inclusão no cadastro é automática e o participante pede para sair, se assim desejar.

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