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Dilma diz que é obrigação ''dialogar'', mesmo diante de diferenças partidárias

Presidente da República usou uma rede social para dizer que os governadores devem dialogar mais para acelerar a saída do Brasil da atual crise econômica

Atualizada em 11/10/2022 às 12h56
Em uma rede social, a presidente da República falou sobre o encontro com governadores de todo o país
Em uma rede social, a presidente da República falou sobre o encontro com governadores de todo o país (Dilma)

Brasília - Dias após reunir os governadores do país no Palácio do Alvorada, a presidente Dilma Rousseff afirmou ontem, por meio de sua conta pessoal em uma rede social, que é "obrigação" dela e dos governantes estaduais "dialogar" para acelerar o processo de saída do Brasil da atual crise econômica.

Na última quinta-feira, 30, no encontro com os governadores na residência oficial da Presidência, Dilma pediu apoio político contra projetos que elevam despesas da administração pública, as chamadas "pautas-bombas". Diante de governantes de vários partidos - inclusive da oposição - a presidente defendeu as medidas adotadas pelo Executivo Federal para controlar os gastos públicos e alertou que projetos em tramitação no Congresso Nacional podem gerar mais despesas, se aprovados, afetando até mesmo as finanças estaduais.

"É nossa obrigação, mesmo com as diferenças partidárias, dialogar para que o país saia com rapidez de suas dificuldades. Para que volte a crescer, com equilíbrio fiscal, inflação sob controle, gerando empregos e prosperidade para os cidadãos e suas famílias", escreveu a presidente ontem na rede social.

A petista também ressaltou, ao longo de quatro mensagens em uma rede social, que gostou muito do encontro com os governadores. Segundo ela, os governantes estaduais apresentaram posições, sugestões e encaminhamentos "importantes" para o país.

'Mandato de 4 anos' - Ostentando seus mais baixos índices de aprovação desde que assumiu o comando do Palácio do Planalto em 2011 e sob ameaça de virar alvo de um processo de impeachment, Dilma afirmou na rede social que ela e os governadores têm em comum a "eleição pelo voto majoritário popular" e a "responsabilidade" de cumprir, durante o mandato de quatro anos, seus programas de governo.

Na reunião da quinta-feira, Dilma disse que, como governante, é alvo de "injustiças", mas que sabe "suportar a pressão".
Na ocasião, ela enumerou aos governadores diversos fatores externos que, segundo ela, teriam sido agravantes para a atual crise econômica do país. De acordo com a presidente, houve um "colapso" no preço das comoditties, uma "grande desvalorização" na moeda brasileira. Ela lembrou ainda que a crise internacional "continua não esmorecendo".

Oficialmente nas fileiras da oposição, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), disse na semana passada que Dilma demorou a chamar os governadores para debater a crise econômica e os projetos em tramitação no Congresso.
"O resultado da crise eles estão dividindo, que é a queda de arrecadação e a impossibilidade de cumprir os planos de investimentos. Essa discussão já deveria ter sido feita há muito tempo. Nós já fizemos aqui, reunimos governadores e prefeitos", alfinetou Cunha.

A crise internacional ainda não esmureceu. Houve ainda a desvalorização do real que agravou a crise”Dilma Rousseff, presidente da República

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