Não adianta pressionar

O discurso do governo era de que as verbas de convênios firmados na gestão anterior com prefeitos seriam liberadas ainda esta semana. Bastaram alguns dias para que a palavra fosse modificada. Ficou para a próxima semana uma reunião para tratar do assunto.

Editoria de Política

Atualizada em 11/10/2022 às 12h56

A pressão dos prefeitos de vários municípios do Maranhão parece já ter esfriado para membros do governo estadual. O discurso do Palácio dos Leões era de que as verbas de convênios celebrados na gestão anterior com prefeitos seriam liberadas ainda esta semana.

Bastaram alguns dias para que o discurso fosse modificado. Por meio de redes sociais, auxiliares do governador Flávio Dino anunciam somente para a próxima semana uma reunião com a direção da Federação dos Municípios do Estado do Maranhão (Famem) para tratar dos convênios.

Aquela história de que o dinheiro seria logo liberado não passou de mais um blefe do governo.

Enquanto isso, os prefeitos reclamam que os convênios foram celebrados para que obras fossem executadas nos municípios. O problema é que as obras foram feitas e o dinheiro que deveria ser liberado no início do ano nunca caiu na conta das prefeituras.

As empresas que prestaram serviços aos municípios cobram o pagamento e os gestores apenas ouvem pelos meios de comunicação que uma auditoria - que deveria ter durado somente 60 dias - está sendo feita para que somente depois os pagamentos sejam liberados para aqueles convênios que estejam legais.

A coluna já questionou antes e voltará a questionar: qual o resultado da auditoria nos convênios? Quais prefeituras poderão receber o valor acordado em convênio? Quando isso acontecerá?

Pela postura dos auxiliares do governador, esse será um problema que deverá se estender por mais algum tempo. O que os prefeitos farão agora?

Sem documentos

Servidores da Prefeitura de Pedreiras foram vistos ontem saindo de secretarias com documentos e computadores.

Aliados da vice-prefeita Fátima Vieira afirmam que alguns deles foram vistos levando o material para duas casas de assessores do prefeito cassado, Totonho Chicote.

Suspeita-se que o objetivo é dificultar o início da nova gestão, deixando sem qualquer informação a substituta de Chicote.

Articulação

Por falar em nova gestão, a vice-prefeita de Pedreiras, Fátima Vieira, já pode assumir hoje o mandato.

Mas há uma articulação em curso para evitar a posse dela, que deverá ocorrer ainda pela manhã na Câmara Municipal.

Argumentam vereadores aliados do prefeito cassado, Totonho Chicote, que ela não tem domicílio eleitoral na cidade.

Desleixo

Policiais civis convocados para uma reunião com o Governo do Estado, na terça-feira, 24, viram como demonstração de desleixo a atitude de representantes do Executivo.

O encontro foi marcado com o secretário Felipe Camarão, titular da Segep. Mas apenas um assessor da pasta foi designado para dialogar com a categoria, o que provocou revolta.

Sem acordo, os policiais, então, decidiram manter o início da greve para a próxima semana.

Calote

Na outra polícia estadual, a Militar, o problema é o pagamento de diárias a PMs que prestaram serviços extra no São João.

Havia a promessa de que eles receberiam R$ 200,00 por serviço prestado. Mas, até agora, o pagamento não foi feito.

Há casos de policiais que tiraram até seis serviços extras no período junino, contando com o dinheiro a mais que até agora não saiu.

Sem veto

O PSol esclareceu ontem, em nota encaminhada a O Estado, que não houve veto ao nome de Haroldo Saboia como pré-candidato do partido à Prefeitura de São Luís.

Segundo o partido, foi o próprio militante quem preferiu não entrar na disputa.

“Lembrado pelo advogado Antonio Pedrosa para possível candidatura em 2012, informei pessoalmente que o companheiro Haroldo Saboia não autorizava que seu nome fosse cogitado”, diz o presidente municipal da sigla, Franklin Douglas.

Prestação de contas

Ainda sobre o PSol, nota encaminhada à coluna nega que haja prestação de contas do partido rejeitada no Tribunal Regional Eleitoral (TRE).

Segundo a nota, a prestação de contas do partido de 2014 foi encaminhada ao tribunal, que ainda não a julgou.

Lembrando que a coluna não disse que a prestação de contas rejeitadas se referem ao ano passado.

Postura

O secretário de Comunicação do governo Flávio Dino, Robson Paz, assina uma nota com inverdades a respeito da postura de O Estado.

O gestor parece não ter se preocupado em checar com sua equipe se a resposta foi dada dentro de um tempo hábil estabelecido para o fechamento do jornal.

Para o secretário, é mais fácil culpar terceiros do que perceber falhas em sua equipe.

Seis meses

O governador Flávio Dino (PCdoB) fez ontem junto aos seus secretários avaliação dos seis primeiros meses de gestão.

Dino cobrou o cumprimento de metas estabelecidas no início da administração e conseguiu apenas as justificativas de que tudo anda caminhando.

Caminhando bem no início. Todas as ações estão ainda em processo de licitação, o que deixa, na prática, o governo sem ter muito o que apresentar.

Incentivo I

A deputada Andrea Murad (PMDB) se disse ontem uma incentivadora da campanha do pai, Ricardo Murad (PMDB), à prefeitura de São Luís.

Para ela, “São Luís merece um prefeito que arregace as mangas, que seja destemido, sem medo de enfrentar os desafios”.

“E que não depende de governo para trabalhar”, alfinetou.

Incentivo II

Andrea Murad acredita que um dos trunfos do pai é a “independência de apadrinhamentos”.

Na sua avaliação, a postura de Murad contrasta com as intenções do governador, que, segundo ela, “indiretamente dá apoio a vários candidatos”.

“Essa é uma prova clara de ele (Dino) não pensa na cidade, mas sim eleger alguém que possa controlar, para mandar também na Prefeitura de São Luís”, concluiu.

E mais

Depois de quase sete meses enrolando prefeitos para liberar convênios, o governo agora diz que não tem dinheiro para pagar.

Antes o pagamento não era feito, segundo o próprio governo, devido à auditorias. Agora não tem previsão legal e nem dinheiro para isso.

O prefeito de São Luís, Edivaldo Júnior (PTC), anunciou o programa interbairros. Não há novidades no que o gestor começou a fazer.

Edivaldo Júnior, na verdade, apenas está tapando buracos em vias que ligam bairros. São distâncias de 200 a 400 metros somente.

Fracassou o movimento de artistas contra a secretária estadual de Cultura, Ester Marques.

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