Muito além da fotografia

Os líderes políticos não creem que a União e os governadores fechem um acordo real. As necessidades para enfrentar a redução da atividade econômica são divergentes.

ILIMAR FRANCO

Atualizada em 11/10/2022 às 12h56

Os líderes políticos não creem que a União e os governadores fechem um acordo real. As necessidades para enfrentar a redução da atividade econômica são divergentes. Os governadores precisam de recursos que, embalado pelo ajuste fiscal, o governo federal não pode dar. Pezão resume que “todos se unirão contra leis que afetem os estados”. A previsão é que rejeitem a nova lei do ICMS.

Uma no cravo, outra na ferradura

A repatriação dos recursos de brasileiros no exterior para compensar a equalização do ICMS é vista com reservas pelos governadores. Por outro lado, o vice-governador do Rio, Francisco Dornelles, afirma que “é uma ideia boa num momento ruim”, e que a redação da lei gera muitas incertezas. Explica que ela seria viável num ambiente de crescimento, mas não em um quadro recessivo. Mas em outros casos, naqueles que atingem a todos, como o aumento do Judiciário, os governadores e o Planalto vão se unir. A presidente Dilma, ao vetar o reajuste, disse que em quatro anos seu impacto será de R$ 25 bilhões e atingirá a União e os estados.

“Os governadores não têm bancada no Congresso. Os deputados federais têm um alfinete nos governos estaduais. Não participam. Os deputados estaduais ficam com tudo”

Eduardo Cunha, presidente da Câmara

O foco

A orientação do PMDB é dar prioridade, na volta do recesso, para o funcionamento da CPI dos Fundos de Pensão. Ela atingiria o PT. A CPI do BNDES será cozinhada em banho-maria. Dizem que não querem afetar o mercado econômico.

Tiro ao alvo

Sobre as conversas no PP para o apresentador de TV José Luiz Datena concorrer à prefeitura de São Paulo, o deputado Paulo Maluf faz pouco caso. Fazendo referência a um salário de R$ 500 mil na TV e de um prefeito, R$ 25 mil, Maluf ironizou: “É muito espírito público”. Maluf foi defenestrado do comando do PP esse mês pelo atual presidente, deputado Guilherme Mussi.

Sempre cabe mais um

Na reunião da associação dos reitores das universidades federais, anteontem, críticas ao governo. Lembraram que em 12 meses trataram com 4 ministros da Educação: Henrique Paim, Cid Gomes, Luiz Cláudio Costa e Renato Janine.

O que dá para rir dá para chorar

Não foi à toa que o governador Beto Richa viu com reservas a decisão do PSDB nacional de chamar para o protesto do dia 16 de agosto, contra o governo Dilma. A avaliação de seu governo é equivalente ao da presidente Dilma. Teme que os professores saiam às ruas contra o chamado massacre de 29 de abril.

Beira do mar. Água doce

Filho do ex-ministro José Dirceu, o deputado Zeca Dirceu (PR) seguiu à risca o apelo do ex-presidente Lula para percorrer as bases no recesso. Na semana passada, postou várias fotos nas areias do mar de Salinópolis, no Pará.

Papagaio de pirata

O primeiro-secretário da Câmara, Beto Mansur, gravou vídeo para mostrar que, “mesmo em recesso”, a Casa trabalha. Ele assume o papel de repórter, e o cenário são os trabalhadores da limpeza passando aspirador de pó no plenário.

NO SEU LUGAR. A direção do PMDB diz que nada mudou. Os que apoiaram Aécio fazem oposição. Estão com a presidente Dilma seus aliados na eleição.

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