Era uma vez um foguete...

Estima-se que o fracasso do acordo Brasil/Ucrânia para uso do CLA deixa um prejuízo R$ 1 bilhão para os dois países. Para a comunidade de Alcântara, um duro golpe na esperança de avanços para a vida social e cultural da cidade.

Editoria de Política

Atualizada em 11/10/2022 às 12h56

O Brasil formalizou no início da semana o fim do acordo com a Ucrânia para o lançamento de foguetes da base de Alcântara. Estima-se que o fracasso do programa deixa um prejuízo R$ 1 bilhão para os dois países. Para a comunidade de Alcântara, um duro golpe na esperança de avanços para a vida social e cultural da cidade.

Para viabilizar os lançamentos, uma empresa binacional foi criada em 2006, a Alcântara Cyclone Space. O primeiro foguete, o Cyclone 4, que deveria ter sido lançado em 2013, levaria para o espaço um satélite de coleta de dados ambientais.

Sem muito o que dizer, o ministro de Ciência, Tecnologia e Inovação, Aldo Rebelo (PCdoB) limitou-se a declarar que o “Brasil vai continuar buscando acordos comerciais com outros países para o lançamento de satélites, entre eles Estados Unidos, China e Rússia”.

Já o governo ucraniano lamentou a decisão e disse considerar que, no Brasil, houve falta de vontade política e impossibilidade de cumprir as obrigações financeiras do acordo. Um outro modo para falar de incompetência, tirando o corpo fora do fracasso.

Pela declaração que deu, Aldo Rebelo - que já dividiu palanque no Maranhão com Flávio Dino (PCdoB) e Edivaldo Júnior (PTC) - não demonstrou muita preocupação com os vazios deixados em Alcântara pelo fim do acordo Brasil/Ucrânia.

Em tempo: além da exploração do sítio espacial, o projeto previa uma série de atividades para a cidade, como empregos em áreas administrativas. No escritório que funcionava na cidade, grande parte dos funcionários eram locais. Estava prevista ainda a criação de um centro cultural e social para atender a comunidade, com realização de cursos profissionalizantes e formação cultural. A Cyclone Space chegou inclusive a patrocinar eventos culturais, como o Festival de Música Barroca de Alcântara. Foram feitas até obras em parceria com a gestão anterior do Governo do Estado, como a recuperação do trecho rodoviário Cujupe/Alcântara.

A proposta era a de que a cidade pudesse usufruir do programa. Mas, ao que se constata, o benefício foi para o espaço.

Susto

Após dar entrada no Hospital UDI sentido dores do peito e tontura, passa bem o desembargador eleitoral do TRE/MA, Eduardo Moreira.

Ele foi atendido ontem, mas depois de exames preliminares os resultados demonstraram que foi apenas um susto.

Pessoas próximas a Eduardo Moreira informaram que muito em breve ele retornará ao pleno exercício de suas atividades. A coluna estima melhoras.

Fracasso

O poeta e ex-comunista Ferreira Gullar publicou artigo esta semana na Folha e no site da Academia Brasileira de Letras em que desce a lenha em governos esquerdistas e comunistas, e seus equívocos responsáveis, segundo ele, pelo próprio fracasso.

“(os governos comunistas) excluíram a iniciativa privada e puseram em seu lugar meia dúzia de burocratas do partido, incapazes de gerir até mesmo uma quitanda”, assinalou.

A frase, embora não direcionada a um governo específico, vale reflexão.

Silêncio

Estranho o silêncio de forças da ultraesquerda maranhense ante a manifestação pública do PSol por uma ampla aliança.

O partido propõe a instalação de um forum de debates para a definição de um plano comum a si, ao PCB e ao PSTU.

Desse forum, sairia uma única candidatura da ultraesquerda ludovicense. Mas ninguém mais opinou sobre o assunto.

Diferenças

Aliás, a proposta do PSol é acertada porque vai no ponto nevrálgico da relação político-eleitoral com o PCB e o PSTU.

Apesar de concordarem nas críticas aos grupos Sarney e Dino, os três partidos têm diferenças pontuais em relação ao debate programático.

Ao tentar estabelecer pontos em comum, os socialistas pretendem aparar as arestas rumo à construção da aliança.

Figuração

Outro ponto que merece destaque da manifestação do PSol é a percepção de que a ultraesquerda precisa parar de apenas fazer “figuração” nas eleições.

Para o partido, o debate de uma candidatura única precisa avançar se querem “de fato não apenas demarcar uma posição nas eleições do próximo ano”.

Resta saber se as outras duas siglas concordam com essa ideia e se as diferenças entre os membros de cada legenda não vão se sobressair.

De olho

O líder da oposição na Câmara Municipal de São Luís, vereador Fábio Câmara (PMDB) anunciou que está de olho em um contrato da Prefeitura.

O Município contratou uma Oscip para organizar os eventos de formulação do Orçamento Participativo.

Para o vereador, há indícios de irregularidades, que devem ser reveladas em breve assim que voltarem os trabalhos na Câmara de São Luís.

Azedou

Depois de uma reaproximação após uma conversa a sós no Palácio dos Leões, o senador Roberto Rocha (PSB) voltou a se estranhar com o governador Flávio Dino (PCdoB).

Alega o socialista que tem sido vítima de perseguição por parte de setores da mídia ligados ao comunista.

Mas garante que topa “pagar o preço” pela sua independência “a pequenas seitas que gravitam em torno do Palácio dos Leões”.

Críticas

O deputado federal e ex-governador José Reinaldo Tavares (PSB) decidiu não ficar calado diante dos ataques de aliados do governador Flávio Dino (PCdoB) após a proposta do “Pacto pelo Maranhão”.

Para o parlamentar, os ataques de autoproclamados “formadores de opiniões” são apenas para evitar o debate.

E mais: segundo Reinaldo, em todos os argumentos usados nenhum mostrou que há outra saída para o governo estadual senão a proposta feita por ele.

Movimentação I

Na próxima semana deverão esquentar as movimentações para troca de partido entre os postulantes a mandato eletivo em 2016.

Na Câmara Municipal de São Luís, por exemplo, há pelo menos quatro vereadores que deverão trocar de legenda antes do fim de setembro quando termina o prazo.

Entre os vereadores estão Osmar Filho e Francisco Chaguinhas (PSB), que querem uma legenda que garanta que haverá coligação para a reeleição do prefeito de São Luís.

Movimentação II

Sobre mudança de partido, isso poderá ocorrer até com o prefeito Edivaldo Júnior (PTC).

Há quem garanta que o petecista deixará o partido do pai, deputado Edivaldo Holanda, para ingressar no PDT, do deputado Weverton Rocha.

Outros aliados mais empolgados acreditam que o prefeito da capital poderá mesmo ir para o partido do governador Flávio Dino (PCdoB) e disputar a reeleição.

E mais

Há possibilidades de mudanças na equipe de primeiro e segundo escalões do governo de Flávio Dino a partir de agosto.

As mudanças serão definidas após a conclusão da apresentação do plano de metas que cada secretário e auxiliares do segundo escalão deverão apresentar até a próxima semana.

Também deverá haver mudanças na equipe do prefeito de São Luís, Edivaldo Júnior, já que há secretários municipais já sonhando em ser vereador.

A Assembleia Legislativa deverá retornar as atividades na próxima semana e na pauta, por enquanto, ainda a história da CPI da Saúde.

Para a oposição da Assembleia o assunto deverá ser outro: contratos sem licitação do Detran e também da Caema.

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