Vendas em baixa

Comércio lojista da Rua Grande não teve dia positivo

Maioria das lojas da região ficou aberta apenas durante a manhã de ontem, mas o movimento de consumidores foi bastante reduzido

Atualizada em 11/10/2022 às 12h56

O feriado de ontem, referente à adesão do Maranhão à independência do Brasil, foi de muitas lojas abertas na Rua Grande, um dos maiores centros de comércio popular de São Luís. Apesar de o funcionamento das lojas ser facultativo, muitos comerciantes não perderam a oportunidade de colocar seus produtos à venda. O comércio informal também aproveitou o dia para garantir uma renda extra. Mas o movimento de consumidores não foi o esperado pelos comerciantes.

Uma portaria da Superintendência Regional do Trabalho e Emprego (SRTE) declarou feriado em todo o Maranhão no dia 28 de julho. De acordo com o documento, todos os trabalhadores têm direito a repouso remunerado no estado nesse feriado. Quem trabalhar tem direito a receber remuneração paga em dobro ou com folga compensatória. Em caso de irregularidade, o empregador pode ser submetido a penalidades previstas na Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT).

Na Rua Grande, parte dos lojistas não abriu as portas de seus estabelecimentos comerciais. Mas a maioria preferiu colocar sua loja para funcionar das 8h às 14h, como determinado em acordo firmado entre os comerciários e a classe patronal. Apesar de um bom público ter se deslocado até o centro de comércio, a expectativa era de melhores vendas.

Movimento - Para o gerente de uma loja de calçados Péricles Marques, o período de férias escolares foi de boas vendas na Rua Grande. Ontem, que foi feriado e um dos últimos dias de férias, o movimento não foi tão bom. "As férias responderam bem, mas o feriado não tanto. Esse é o primeiro ano que esse feriado é oficial para nós. Se fosse um dia normal, viria mais gente, porque muitos não saem de casa com medo de as lojas estarem fechadas", ressaltou.

O vendedor Denilson Moura também não considerou o feriado positivo para o comércio no Centro. Ele trabalha há na Rua Grande desde 2004 e oferece os produtos da loja de confecções da mãe na rua, chamando os clientes para conhecer a loja. Apesar do movimento de pessoas na via, ele contou que a quantidade de vendas não era satisfatória. "Abrimos a loja hoje [ontem] porque a gente achava que teria movimento e para compensar os outros dias. Mas, não está valendo a pena. E não é só agora. Está entrando e saindo mês e o comércio não melhora", disse.

A dona de casa Célia Freitas foi uma das pessoas que saiu de casa rumo à Rua Grande na manhã de ontem. Ela contou que foi ao local decidida a ir a apenas uma loja em busca de um produto específico. Isso para não cair na tentação de fazer compras por impulso em outras lojas. "Já é final de mês. Só dá para comprar o que a gente está precisando de verdade. Não dá mais para ficar passeando nas lojas", afirmou.

Ocupação - Vendedores ambulantes também aproveitaram o dia para vender seus produtos. Além dos vendedores de CDs e DVDs, água e bancas de películas para telefones celulares, vendedores de mingau de milho, churros e frutas também não deixaram de ir trabalhar no local ontem. Alguns vendedores aproveitaram a frente de lojas que estavam fechadas para espalhar seus produtos sob lonas nas calçadas.

SAIBA MAIS
De acordo
com a Câmara dos Dirigentes Lojistas de São Luís (CDL), o trabalho no dia de ontem foi "extraordinário" e a empresa que utilizou a mão de obra de seu empregado deveria pagar uma gratificação no valor de R$ 30,00 ao fim do expediente.

Este é o primeiro ano em que esse feriado é oficial para nós. Se fosse um dia normal, viria mais gente, porque muitos não saem de casa com medo de as lojas estarem fechadas"Péricles Marques, gerente de loja

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