Mais promessas?

Desde o início do ano, o governo estadual alega que teve de suspender o pagamento de convênios com prefeituras para que estes fossem auditados. De lá até agora, os gestores municipais vivem somente da promessa da liberação da verba.

Editoria de Política

Atualizada em 11/10/2022 às 12h56

A semana já começou e o que mais está sendo aguardado pelos prefeitos de vários municípios maranhenses é a liberação de convênios celebrados na gestão passada do governo estadual, mas suspensos pela atual administração.

Desde o início de junho os prefeitos vêm cobrando a liberação dos recursos. Obras já foram concluídas e as empresas cobram o pagamento pelos serviços prestados.

Desde o início do ano, o governo estadual alega que teve de suspender o pagamento dos convênios para que estes fossem auditados. De lá até agora, os gestores municipais vivem somente da promessa da liberação da verba.

Somente o secretário de Articulação Política e Assuntos Federativos, Márcio Jerry, afirmou pelo menos três vezes a O Estado que o dinheiro seria liberado em poucos dias. Esses “poucos dias” já se transformaram em muitos e nada ocorreu até o momento.

Jerry chegou a confirmar que as auditorias já haviam sido concluídas e que os convênios que estavam legais teriam a verba liberada. Somente os que não estavam dentro das leis não seriam pagos.

O que falta afinal para essa liberação? Quais os legais? Quais as prefeituras receberão as verbas conveniadas em 2014?

Depois da manifestação dos prefeitos, o governo voltou a prometer a liberação da verba, mas não disse exatamente quando. Apenas falou que começará a pagar esta semana.

Será?

Negócio

A revelação de que o Ministério da Pesca suspeita de fraude no registro de pescadores no Maranhão deixou alguns políticos de orelha em pé.

No Estado, após auditoria da CGU, o Governo Federal suspendeu e decidiu recadastrar 24 mil “pescadores”.

Todos foram cadastrados entre os meses de julho e outubro do ano passado. O Ministério suspeita que alguns deles foram incluídos em troca de votos.

Falando nisso

Por falar nisso, a concessão de benefícios a pescadores do Maranhão já foi motivo de bate-boca entre deputados da chamada “Bancada do Peixe” na Assembleia Legislativa.

O suplente de deputado Fernando Furtado (PCdoB) disse que o deputado estadual Júnior Verde e o federal Cléber Verde, do PRB, faziam negócio na Superintendência de Pesca do estado.

Júnior Verde reagiu e afirmou que era o comunista quem fazia negócio com sindicatos de pescadores, onde mantinha parentes comandando as operações.

Visita

O senador Roberto Rocha recebeu ontem visita do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), em um hospital da capital paulista.

Rocha se submeteu a uma cirurgia para controle do diabetes na última semana.

Além de Alckmin, esteve com o senador do Maranhão o irmão, prefeito de Balsas, Luiz Rocha Filho, o Rochinha (PSB).

Alternativas

Depois de fracassar a tentativa de aproximar-se do prefeito Edivaldo Júnior (PTC), o Partido Democratas (DEM) busca novas alternativas para 2016.

A legenda inicia agora, conversas com a deputada federal Eliziane Gama (PPS), que faz oposição ao petecista.

Mas não descarta também sentar com outros pré-candidatos para formalizar uma composição.

Movimentos

No mês passado, o DEM chegou a descartar a filiação do deputado federal e ex-prefeito João Castelo (PSDB).

Em divergência com a direção tucana, Castelo buscava uma alternativa viável para a disputa das eleições de 2016.

O partido disse não e começou a ouvir pré-candidatos com objetivo, primeiro, de compor chapa.

Em busca de nomes

Além da tentativa de aproximação com possíveis pré-candidatos a Prefeitura de São Luís, o DEM vem buscando nomes fortes na capital para fazer parte de seus quadros.

O partido tem trabalhado muito para trazer lideranças com expressão política de destaque para poder apresentar uma chapa proporcional competitiva para 2016.

Por enquanto, os esforços do partido ainda não renderam bons frutos. A expectativa é de que até setembro novos membros sejam apresentados.

Retornando

Atento à movimentação política e disposto a disputar a Prefeitura de São Luís, o ex-ministro Gastão Vieira anunciou que está retornando para casa.

- Depois de 20 anos morando em São Luís só nos fins de semana, voltei a fazer da cidade a minha moradia principal -, disse, em seu perfil em rede social.

Vieira não deixou, é claro, de criticar os problemas que ainda afligem a cidade e afirmou que a população precisa reivindicar iniciativas “que tirem São Luís desse marasmo estrutural e político”.

Frente

Os ultraesquerdistas deverão tentar uma aproximação para que seja formada a por diversas vezes anunciada Frente de Esquerda no Maranhão.

A intenção já foi lançada pelo PSol em nota pública. Por enquanto, ainda não há manifestações dos demais partidos envolvidos: PSTU e PCB.

O primeiro passo para que a frente saia do papel foi também dado pelo PSol ao rifar o nome do ex-deputado Haroldo Sabóia da possibilidade de ser candidato a prefeito.

Contas partidárias

O PSol não explicou os motivos pelos quais levaram o partido a tirar Haroldo Sabóia do páreo para ser candidato a prefeito de São Luís.

Entre os vários motivos, o mais forte foram os problemas enfrentados por Sabóia nas prestações de contas desaprovadas pelo TRE.

Pelo menos três prestações de contas do PSol apresentaram problemas, o que levou a legenda a ter os repasses do fundo partidário suspensos.

Tomada de contas

Foi publicada no Diário Oficial do Estado uma lista com entidades ligadas à Cultura que terão tomada de contas especial.

O motivo é a falta de prestação de contas do dinheiro público liberado para a realização de projetos.

Existem associações e grupos culturais que estão desde 2012 sem apresentar as contas sobre a aplicação da verba pública liberada.

E Mais

O vereador Fábio Câmara (PMDB) prepara mais uma denúncia contra a Prefeitura de São Luís e promete mostrar novo esquema de fraude na gestão municipal.

Segundo o parlamentar falou em redes sociais, há irregularidades em contratos da Secretaria Municipal Extraordinária de Governança Solidária e Orçamento Participativo.

O prefeito Edivaldo Júnior mantém a postura de sair às ruas e fiscalizar obras. Essa é a forma encontrada pelo gestor para aumentar sua popularidade que anda bem em baixa.

Na próxima semana, os vereadores deverão retornar as atividades na Câmara e novas polêmicas deverão acontecer.

Uma delas será a votação do novo regimento interno, suspensa após divergência entre os parlamentares antes do recesso do meio do ano.

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