As ações de fiscalização feitas pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) em parceria com a Polícia Federal (PF) vão continuar ocorrendo no Maranhão, principalmente nas áreas indígenas e nas unidades de conservação ambiental, para combater crimes ambientais e o tráfico de entorpecentes. Em uma dessas operações, foram apreendidas cargas de madeira irregulares, e grupos de manifestantes bloquearam por cerca de 10 horas a BR 222, nas mediações da cidade de Buriticupu, na última quinta-feira.

Ontem, a assessoria de comunicação do Ibama enviou nota à imprensa afirmando que as ações fiscalizatórias têm como objetivo o combate ao desmatamento e ao plantio de espécies ilícitas realizada em terras indígenas na região de Buriticupu. Nessa área, que envolve terras indígenas e unidades de conservação, foram identificados vários crimes e infrações, especificamente a extração ilegal de madeira das terras indígenas.

A nota também afirma que há plantação de maconha e violência contra os povos indígenas. Para conter essas irregularidades, foram aprendidos equipamentos envolvidos nos crimes e infrações. A destruição é um ato legal, previsto na Lei de Crimes Ambientais e aplicado para evitar a continuidade dos danos ambientais. Para os dirigentes do órgão, os infratores buscam persuadir a população para se isentarem da culpa e se apresentarem como vítimas da operação, além de coagir os indígenas com o objetivo de inibir novas denúncias e obter conivência na prática de crimes ambientais.

Manifestação - A Polícia Rodoviária Federal (PRF) informou que seis caminhões utilizados para transportar madeira ilegal foram queimados por técnicos do Ibama e devido a isso cerca de 3 mil manifestantes fecharam os Km 525 e 530 da BR 222 com pedaços de madeira e pneus velhos.

Rapidamente, formou-se longo congestionamento nas duas vias da rodovia. Durante o bloqueio, houve momentos de tensão, e muitos motoristas tentaram avançar sobre o bloqueio para passar, mas foram impedidos pelos manifestantes. Os integrantes da PRF foram acionados e contiveram os ânimos dos manifestantes, mas somente no começo da noite a BR foi liberada.

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