Espanha

Temporada de incêndios começa com força total na Espanha

Temperaturas recorde alimentam incêndios em mais de 15 mil hectares.Hoje,10, tem previsão de risco em ''nível extremo'' na maior parte do país

Atualizada em 11/10/2022 às 12h57

Espanha - A temporada de incêndios florestais começou com força total na Espanha, onde, alimentados por uma onda de calor recorde, uma dúzia de incêndios devastaram em poucos dias mais de 15 mil hectares - informaram fontes oficiais nesta quinta-feira.

Desde o início, na semana passada, da segunda onda de calor no país, temperaturas recordes foram alcançadas para o mês de julho em ao menos quatro regiões.

Em Granada, na terça-feira, os termômetros superaram a casa dos 43ºC, um nível jamais alcançado em julho na cidade andaluz aos pés da Serra Nevada, no sul do país. Em Zaragoza, no nordeste, a agência estatal de meteorologia, Aemet, registrou uma máxima de 44,5°C no mesmo dia.

Ontem, por volta das 12h (de Brasília), as temperaturas passavam dos 40°C em várias cidades e se registravam pelo menos quatro incêndios florestais - dois deles ameaçando o parque natural de Cazorla, uma região de vales coberta de oliveiras no interior da Andaluzia.

No sul do parque, perto da região de Quesada, as chamas ameaçavam mais de 1.800 hectares, segundo os serviços de emergência, enquanto a temperatura estava perto dos 41°C, segundo a Aemet. Ao norte de Cazorla foi registrada a existência de outro incêndio.

Perto de Granada, 600 pessoas tiveram que ser evacuadas temporariamente devido a outro foco de incêndio.

Um quarto incêndio começou na quinta-feira na cidade de Zufre, na Andaluzia ocidental, mas seu desenvolvimento foi considerado favorável.

Fogo - A região de Aragão, no nordeste, foi particularmente atingida pelo fogo no início desta semana. As chamas se alastraram sobre 14.400 hectares em menos de quatro dias perto Zaragoza.

Com este desastre, o ano de 2015 já está em níveis alarmantes, pois um incêndio destas dimensões não tinha sido registrado desde o verão de 2012.

Naquele ano, um total de 226 mil hectares de florestas e cerrado foram devorados pelas chamas, dos quais 60 mil hectares apenas na região de Valência, no leste da Espanha.

"Os cortes na prevenção e extinção e os eventos climáticos extremos" favorecem estes grandes incêndios, denunciou quinta-feira Greenpeace em comunicado.

A onda de calor pode durar até 16 de julho, de acordo com a Aemet. O risco de incêndio estava num "nível extremo" na maior parte do país para sexta-feira.

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