Constatação

Falta policiamento em pontos turísticos de São Luís

No feriado, alguns frequentadores reclamaram de insegurança

Atualizada em 11/10/2022 às 12h58

No primeiro feriado após as mortes recentes em ônibus de São Luís, o Comando do Policiamento Especializado (CPE), realizou operações nas principais Avenidas e áreas adjacentes da Região Metropolitana de São Luís. A operação começou no fim da tarde da quinta-feira, dia 4, feriado de Corpus Christi, e se estendeu por toda a noite, com o objetivo de diminuir a violência, evitar assaltos a coletivos, tirar de circulação armas de fogo, drogas e prender assaltantes e traficantes. No entanto, nos pontos turísticos da capital, frequentadores reclamam da falta de policiamento.

Em menos de uma semana, assaltos a ônibus resultaram em três mortes na capital. No dia 3 deste mês, uma tentativa de assalto terminou com a morte da jovem Alexandrina Alves Rodrigues, 21 anos, e do assaltante, um adolescente de 16 anos. O crime aconteceu no momento em que um coletivo da linha Cohatrac/São Francisco, cruzava a ponte do São Franciso. Os dois foram atingidos por um homem que reagiu ao assalto. No dia 30 de maio, outro adolescente de 16 anos também morreu em tentativa de assalto a coletivo que fazia linha para o Jardim América. Já no dia 04 de maio, Rondinelli Ferreira foi alvejado na cabeça em um ônibus que fazia linha no bairro Habitacional Turu.

Para evitar que situações como essas voltem a acontecer, a Polícia Militar reforçou a Operação Catraca, que consiste em rondas nos coletivos em busca de pessoas e atitudes suspeitas. Outra ação preventiva é a análise individual de autores de crimes que cometem assaltos a ônibus.

Mas enquanto a operação era executada, frequentadores de áreas como o Espigão da Ponta d'Areia, Avenida Litorânea e Praia Grande reclamavam da ausência de policiamento. No fim da tarde do feriado de Corpus Christi, Danilo Schneider foi até o espigão tirar fotos para o seu álbum de formatura e disse se sentir inseguro. "Combinamos de a turma toda vir junta e de fazer toda a sessão em no máximo uma hora. Essa, aliás, foi uma recomendação do nosso fotógrafo", afirmou.

O fotógrafo do grupo, Denick Santos, informou que toma algumas medidas de segurança antes de começar uma sessão de fotos no local. "Antes, eu observo bem o ambiente para saber quem está por aqui. Quanto mais pessoas circulando, melhor. E eu não fotografo durante a noite por causa do risco de assaltos", disse.

Sensação semelhante tem quem frequenta a Avenida Litorânea. O casal Danilo Rafael Ferreira e Fernanda Caroline Dias mudou seus hábitos por medo de assaltos no local. "Antes, a gente vinha correr três vezes por semana e geralmente à noite. Agora, a gente vem mais cedo e não trazemos nada. Celular, relógio e outros objetos ficam no carro", afirmou Danilo Rafael Ferreira.

Na área do Projeto Reviver, no Centro Histórico de São Luís, os frequentadores também reclamam que o policiamento é fraco e cobram a volta do trailer da Polícia Militar (PM) que ficava na Rua da Estrela. "A simples presença de um policial militar na rua já inibe a ação de criminosos, porque ele fica com medo da redação da polícia e evita praticar algum crime no local. Por isso, todos nós achamos que era mais seguro quando tinha o trailer aqui", comentou Rogério de Oliveira.

SAIBA MAIS
A Secretaria de Estado
de Segurança Pública divulgou balanço parcial de dois dias da operação Catraca, realizada nas principais avenidas de São Luís, na quinta-feira, dia 4, feriado de Corpus Christi, e sexta-feira, dia 5. Foram apreendidas quatro armas de fogo, 21,5 quilos de maconha, uma balança de precisão, sete celulares, a quantia de R$ 927, um relógio e duas televisões. Dez pessoas presas em flagrante por porte ilegal e transporte de drogas.

Leia outras notícias em Imirante.com. Siga, também, o Imirante nas redes sociais Twitter, Instagram, TikTok e canal no Whatsapp. Curta nossa página no Facebook e Youtube. Envie informações à Redação do Portal por meio do Whatsapp pelo telefone (98) 99209-2383.