Inocentados

Oito dos homens que atacaram Malala foram soltos, diz Paquistão

Ela foi baleada na cabeça aos 14 anos por militantes do Taleban enquanto saía de sua escola; ativista já ganhou o Nobel da Paz

Malala

Atualizada em 11/10/2022 às 12h58
(Malala Yousafzai ganhou o Nobel da Paz)

Paquistão - A Polícia do Paquistão confirmou ontem que 8 dos 10 responsáveis pelo ataque à garota Malala Yousafzai foram inocentados em abril - na ocasião, o promotor anunciou que todos eles tinham sido condenados a prisão perpétua. O anúncio da liberação foi feito inicialmente por Azad Khan, chefe de polícia do país. Ele não deu explicações de porque a informação não tinha sido corrigida antes. Antes da confirmação oficial, a liberação dos acusados já tinha sido informada pela imprensa.

"Eu só posso confirmar que a corte antiterrorismo de abril inocentou 8 dos 10 homens acusados de atacar Malala", disse ele para a agência de notícias Associated Press. Khan disse que não sabia as razões do caso não ter sido esclarecido antes.Em abril, o promotor Sayed Naeem disse que os dez militantes acusados do ataque tinham sido condenados por uma corte especial contra o terrorismo e sentenciados à prisão perpétua. Na ocasião, ele afirmou que o julgamento foi feito de forma secreta por questões de segurança.

Prisão - Ontem, Naeem afirmou que os repórteres compreenderam errado. Ele disse que apenas dois dos 10 homens receberam a pena de prisão perpétua e o restante foi liberado por falta de provas. O promotor se recusou a discutir o caso e afirmou que entrou com um recurso contra a liberação dos homens. Os assessores de Malala não quiseram comentar o caso.

Malala foi baleada na cabeça aos 14 anos por militantes do Taleban enquanto saía de sua escola no vale do Swat. Ela havia defendido em um blog o direito das mulheres à educação. A ativista recebeu reconhecimento mundial após o ataque e se tornou um símbolo na luta contra o Taleban, grupo radical islâmico que controla áreas do Paquistão. Em 2014, ela recebeu o Prêmio Nobel da Paz
Os militantes condenados haviam sido detidos pelo Exército paquistanês em 2014. No entanto, o líder taleban que ordenou o ataque, Mullah Fazlullah, continua foragido.

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