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Brasil e México têm condições de ''dobrar'' fluxo comercial, diz Dilma

Presidente fez visita de Estado ao país e se reuniu com colega mexicano; governos assinaram oito atos de cooperação em oito áreas; Dilma afirmou que o Brasil é o oitavo parceiro comercial do México, enquanto o país é o 11º parceiro brasileiro

Atualizada em 11/10/2022 às 12h58
(Dilma Rousseff e Enrique Nieto em solenidade)

Cidade do México - A presidente Dilma Rousseff afirmou ontem, após se reunir com o colega mexicano, Enrique Peña Nieto, na Cidade do México, que os dois países têm condições de "dobrar" o fluxo comercial nos próximos anos. Ela chegou ao México segunda-feira, 25 para visita de Estado, a mais alta na diplomacia, e retornará ao Brasil hoje.

Uma das missões da presidente no país é convencer o governo mexicano a diminuir as barreiras tarifárias aos produtos brasileiros, queixa recorrente do empresariado brasileiro. Em uma fala que durou aproximadamente 15 minutos, no Palácio Nacional, Dilma afirmou que o Brasil é o oitavo parceiro comercial do México, enquanto o país é o 11º parceiro brasileiro.

"Nós temos oportunidades para avançar muito mais. Avançar mais tanto em nossas relações como nos investimentos recíprocos que podemos receber uns dos outros. Os nossos números estão aquém do nosso potencial e do tamanho das nossas economias e da força dos nossos povos. Sem dúvida, senhor presidente, temos condições de dobrar o intercâmbio comercial em alguns anos", disse a presidente.

De acordo com dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), o Brasil exportou em 2014 US$ 3,6 bilhões e importou US$ 5,3 bilhões, resultando em um fluxo comercial de cerca de US$ 9 bilhões.

Ao discursar para uma plateia formada por ministros e diplomatas no Palácio Nacional, sede do governo mexicano, Dilma avaliou, ao lado de Peña Nieto, que os empresários dos dois países estão "atentos" a oportunidades de investimentos bilaterais.

"Não é por acaso que o seminário empresarial México-Brasil, que está sendo realizado hoje [ontem], conta com a presença de 50 empresários brasileiros, todos eles motivados pelas relações comerciais como pelas perspectivas de investimentos. Esta participação é a prova de que nossos setores privados estão atentos a oportunidades de crescimento das nossas relações", afirmou a presidente.

Dilma disse ainda que Brasil e México têm "obrigação" de explorar as oportunidades que se apresentam para ampliar o fluxo comercial. Em seu pronunciamento, Dilma disse estar "profundamente satisfeita" com a ida ao país e afirmou que os acordos assinados nesta terça "abrem novo caminho" para o intercâmbio no comércio.

Cooperação - Representantes dos governos do Brasil e do México assinaram ontem, após a reunião de Dilma e Enrique Peña Nieto, oito acordos de cooperação em áreas como comércio, turismo, aviação e agricultura. Entre os atos assinados, dois prevem a "facilitação" dos investimentos entre os dois países e da oferta de voos entre Brasil e México. Outros acordos preveem cooperação em áreas como pesca e aquicultura.

Um dos atos, assinado pelo ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, prevê cooperação técnica e científica, por meio da formação de técnicos em agricultura, tecnologia de produção e certificação de plantas para viveiros tropicais.

Outro acordo, também assinado por Mauro Vieira, prevê cooperação na preservação e uso sustentável dos recursos naturais. Brasil e México também assinaram declaração na qual reconhecem a origem da tequila e da cachaça. Segundo o governo brasileiro, o acordo prevê que haverá "cooperação alfandegária para facilitar o intercâmbio comercial.

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"Nós temos oportunidades para avançar muito mais. Avançar mais tanto em nossas relações como nos investimentos recíprocos que podemos receber uns dos outros”

Dilma Rousseff, presidente do Brasil

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