Distritão ou cláusula de barreira

As pequenas siglas estão sendo ameaçadas com a adoção da cláusula de barreira caso não deem apoio ao distritão.

ILIMAR FRANCO

Atualizada em 11/10/2022 às 12h58

As pequenas siglas estão sendo ameaçadas com a adoção da cláusula de barreira caso não deem apoio ao distritão. Eles somam 98 votos. Com a cláusula, esses 17 partidos terão de fazer 1% ou 2% dos votos nacionais para terem direito ao horário na TV e ao Fundo Partidário. Os defensores do distritão têm ainda acordo informal com parcela do PSDB. Estes dariam apoio à proposta após marcar posição votando no distrital misto.

Quem participou da costura

O rito de votação, que favorece o distritão, foi definido em torno da mesa de almoço do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB). O distritão foi deixado para a última votação, logo após a do distrital misto, que, estima-se, terá 150 votos. Estavam lá os líderes do PSDB, Carlos Sampaio; do DEM, Mendonça Filho; do PMDB, Leonardo Picciani; e do PPS, Rubens Bueno. Presentes também Fernando Filho (PSB), Orlando Silva (PCdoB), Bruno Araújo (PSDB), José Guimarães (líder do governo) e o relator em plenário, Rodrigo Maia (DEM). Os adeptos do distritão avaliam que eles têm cerca de 308 votos, mas, cautelosos, dizem que “talvez” seja aprovado.

“Depois de uma eleição polarizada, a esquerda venceu, mas a direita governa. Impôs à população propostas conservadoras e homofóbicas”

Vagner Freitas, presidente da CUT

O centralismo abandonado

Apesar das cobranças dos aliados, integrantes do governo e dirigentes do PT consideram difícil centralizar a sigla no apoio ao ajuste. Explicam que as medidas, embora necessárias, não têm respaldo na base eleitoral dos petistas.

Esquerda, volver

Para evitar ser hostilizado, como o ex-ministro Guido Mantega, o senador Lindbergh Farias (PT-RJ) levou a família para morar em Brasília. No Planalto, os discursos esquerdistas do senador são considerados conjunturais. Argumentam que seu alvo é recuperar sua base, que ficou bastante abalada com as citações de seu nome na Operação Lava-Jato.

Cada caso é um caso

A cúpula do PT não tem a menor esperança de contar com o apoio do senador Paulo Paim (RS) em propostas que não sigam a cartilha da legenda. Argumentam que essa já era sua postura no governo do ex-presidente Lula.

Dilma e Lula elogiam Temer

O papel do vice Michel Temer foi elogiado, na sexta-feira, na Granja do Torto. A presidente Dilma, Lula e os ministros avaliam que ele ajudou a mudar o ambiente político, a melhorar a articulação do governo, e que a parceria com o PMDB ampliou a governabilidade. Com o fim da agenda do ajuste, avaliam que há luz pela frente.

A luta continua

Na reunião na Granja do Torto, na sexta-feira, a presidente Dilma fez uma lista de ações que serão implementadas após a votação do ajuste. Lula sustentou que isso era fundamental para que o governo e o PT saíssem do canto do ringue.

Clandestino

Piada no governo. O ministro Janine Ribeiro foi ao Fórum Mundial da Educação, na Coreia do Sul, na semana dos cortes no Orçamento. E, usando uma rede social, reclamou que aquela importante reunião não tinha cobertura da mídia.

O PMDB de Minas venceu. O novo diretor-geral do Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM) será Celso Luiz Garcia.

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