Imunização

Campanha de vacinação contra a gripe é prorrogada em São Luís

Até ontem, havia sido aplicada pouco mais de 100 mil doses no público-alvo, o que representava 55% da cobertura vacinal

Atualizada em 11/10/2022 às 12h58

A campanha de vacinação contra a gripe deveria ser encerrada ontem, conforme cronograma inicial estabelecido pelo Ministério da Saúde, mas como São Luís não atingiu a meta de 80% do público-alvo imunizado, a campanha foi prorrogada até o dia 5 de junho. Preocupadas com o possível fim da campanha, que estava previsto para ontem, muitas pessoas lotaram postos de saúde da capital.

A campanha de imunização contra a gripe começou no dia 4 deste mês e seguiria até ontem. O público-alvo da capital é formado por crianças de 6 meses a menores de 5 anos, pessoas acima dos 60 anos, trabalhadores da saúde, povos indígenas, gestantes, mulheres até 45 dias após o parto, além da população privada de liberdade e dos funcionários do sistema prisional. Também devem ser vacinadas as pessoas portadoras de doenças crônicas não-transmissíveis e acamados com imunização em domicílio.

Para atender esse público, foram disponibilizadas 203.248 doses. Do grupo de crianças, trabalhadores da saúde, gestantes, puérperas e idosos, 190.895 indivíduos devem ser vacinados. Até o início da tarde de ontem, 105.715 pessoas haviam recebido as doses da vacina contra o vírus influenza. Esse total representava apenas 55,38% do público vacinado.

Autorizado - De acordo com a coordenadora da Imunização da Vigilância Sanitária e Epidemiológica Municipal, Doralina Marques de Almeida, o Município recebeu autorização do Ministério da Saúde para prorrogar a campanha até o dia 5 de junho para garantir que se alcance a meta de 80%.

Para a coordenadora, esse percentual pode ser atingido antes mesmo que o novo prazo seja encerrado, considerando o movimento intenso nos postos de vacinação. Mas, mesmo assim, o Município estudará estratégias para garantir que o maior número de pessoas do público-alvo seja vacinado. "Na quinta-feira, nos reuniremos para decidir se há a necessidade e possibilidade de realizar um segundo Dia D, mas acredito que não será necessário, pois os postos estão lotados e já estamos quase com 60%", ressaltou Doralina Marques de Almeida.

Demanda - Pessoas dos grupos prioritários lotaram postos de saúde da capital ontem, que seria o último dia da campanha. Cerca de 500 pessoas sendo vacinadas contra a gripe por dia e uma fila de idosos, crianças e mulheres grávidas, além de profissionais de saúde esperando pelas doses da vacina. Essas são algumas das situações que estavam acontecendo no Centro de Saúde do Bairro de Fátima nos últimos dias.

Segundo a coordenadora de Enfermagem, Eslen Mendes, só houve um pouco mais de demora na fila para vacinar porque muitas crianças precisavam atualizar a carteira de vacinação. Além da vacina da gripe, elas demoravam um pouco mais porque precisavam tomar outras vacinas que estavam atrasadas há vários meses.

O Centro de Saúde da Liberdade também ficou lotado ontem. Para agilizar o atendimento, a direção destinou mais uma sala para vacinação exclusiva para as pessoas com mais de 60 anos, para evitar que desistissem da imunização durante a espera pela vacina. Enquanto não havia fila de espera para o atendimento aos mais velhos, havia muitas mães esperando a vez dos filhos em frente à sala destinada às crianças.

Para quem deixou para vacinar o filho na última hora, a razão apontada foi a falta de tempo como Neurilene da Costa. Ela levou a filha Nicole cedo ao Centro de Saúde Dr. Paulo Ramos acreditando que seria o último dia de vacinação. Lá, foi informada da possibilidade de prorrogação, mas não desistiu e achou melhor esperar e vacinar logo. Ela tomou a da gripe e as outras que precisava.

SAIBA MAIS

Atualmente, as vacinas utilizadas contêm antígenos contra três cepas de Influenza A(H1N1), A (H3N2) e B. Estas cepas são escolhidas a cada ano visando prevenir a doença causada por cepas que circularão na temporada seguinte.
H1N1 - Influenza A H1N1
Esse vírus causou pandemia mundial em 2009. Os vírus do tipo A tem grande capacidade de mutação genética, podendo gerar surtos em nível mundial. Ele é resultado da combinação de segmentos genéticos do vírus humano da gripe, do vírus da gripe aviária e do vírus da gripe suína, que infectaram porcos simultaneamente.
H3N2 - Influenza A H3N2
Não provoca pandemias. O número de casos se eleva no outono e inverno. Os principais sintomas costumam aparecer após 24 horas e são febre repentina, tosse, dor de cabeça, dores musculares, dores nas articulações e coriza. Além disso, é comum a pessoa infectada apresentar dificuldade respiratória ou dor de garganta.
Influenza B
Tem sintomas semelhantes ao da gripe A. No entanto, tem algumas complicações específicas, como a inflamação do miocárdio, que pode levar à morte súbita, e inflamações agudas no cérebro.

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