Oncologia

MA: mais de 7 mil casos de câncer no ano passado

Atualizada em 11/10/2022 às 12h59

Mais de 7 mil novos casos de câncer foram identificados no Maranhão no ano passado, segundo dados do Instituto Nacional de Câncer (Inca). O quantitativo está sendo discutido no I Congresso de Oncologia do Hospital São Domingos, que está sendo realizado no Rio Poty Hotel. A programação foi iniciada ontem e segue até amanhã com a participação de especialistas em diversas áreas do tratamento de câncer.

Além das novidades em tratamentos, os especialistas convidados, profissionais e estudantes estão discutindo a prevenção, diagnóstico e atendimento nos casos de pacientes com a doença, que no Maranhão teve 7.120 casos registrados em 2014. Desses casos, os mais incidentes são o câncer de pele, próstata e de colo de útero. Os números mostram que o Maranhão é o segundo estado no país na quantidade de casos da doença.

De acordo com o presidente do congresso e coordenador de Oncologia do Hospital São Domingos, Klayton Ribeiro, os números preocupam, mas os avanços nos tratamentos são muitos. É com base nisso, com a proposta de levar as novidades em oncologia à rede de assistência da região, que está sendo realizado o congresso.

"Nós temos um serviço de oncologia que já está atuando desde 2004. No último ano, estávamos discutindo a possibilidade de trazer para a população maranhense não só o tratamento, mas também a educação continuada em oncologia. A equipe se reuniu e aceitou fazer um evento que reunisse toda a equipe de assistência", explicou Klayton Ribeiro.

O presidente do congresso afirmou ainda que o grande desafio são as emergências oncológicas. Esse foi o tema abordado ontem no primeiro dia da programação. "A gente fez um workshop com as cinco principais emergências, mostrando como esse paciente deve ser melhor atendido numa situação de risco para que ele não morra naquele momento", ressaltou o médico. Entre os palestrantes, o médico Markus Gifoni, do Ceará, a enfermeira Débora Rebollo, de São Paulo, e profissionais maranhenses deram suas contribuições.

Conhecimentos - Até amanhã, quando se encerrará a programação, o congresso abordará diferentes temas. Hoje, as mesas redondas tratarão da oncologia mamária e no trabalho intestinal, de próstata e pulmão. Amanhã, é a vez de aprender mais sobre a oncologia multidisciplinar, do sistema nervoso central, ginecológica e temas como a hematologia e dor oncológica.

Com a grande variedade de temas abordados, o congresso atraiu profissionais de todas as áreas. A fisioterapeuta Letícia Gomes Vieira é uma dos quase 700 participantes que se inscreveram no congresso. Em sua profissão, ela já teve a oportunidade de tratar uma paciente que havia feito uma mastectomia (retirada da mama). Com o congresso, ela busca atualizar os conhecimentos para atender melhor os pacientes.

"Na faculdade, já temos um curso básico de tratamento ao paciente oncológico. O congresso está trazendo os progressos da oncologia e avanços também na fisioterapia oncológica, que exige um tratamento diferenciado. No caso da paciente da mastectomia, tivemos de fazer drenagem linfática, trabalhar a movimentação da área, a dor", afirmou a fisioterapeuta.

MAIS

Segundo o coordenador de Oncologia do Hospital São Domingos, Klayton Ribeiro, hoje o hospital atende 300 pacientes em tratamento quimioterápico. Atualmente, a unidade de saúde oferece 15 serviços de oncologia, entre eles, mastologia, coloproctologia, neurocirurgia. O único tratamento que não é ofertado na unidade é a radioterapia, que o prédio está em construção, e a iodoterapia, que é destinado a pacientes com câncer de tireóide. Mas os dois tratamentos já fazem parte do planejamento de expansão do hospital. A previsão é que em até dois anos, o serviço já esteja funcionando

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