O distritão vem aí

Os pequenos e médios partidos, com o apoio do presidente da Câmara, Eduardo Cunha, vão derrubar do projeto de reforma política o fim das coligações e a criação da cláusula de desempenho.

ILIMAR FRANCO

- Atualizada em 11/10/2022 às 12h59

Os pequenos e médios partidos, com o apoio do presidente da Câmara, Eduardo Cunha, vão derrubar do projeto de reforma política o fim das coligações e a criação da cláusula de desempenho. Ambas são desnecessárias com o distritão, proposto no relatório da reforma. Esses não são os únicos reparos. O Senado não aceita mandato igual ao dos deputados (5 anos). Há oposição ao mandato de 2 anos para prefeitos e vereadores eleitos em 2016.

A dissidência no DEM e a MP 664

Mesmo diante da pressão de dirigentes do DEM, deputados da sigla pretendem votar a favor da segunda MP do ajuste fiscal, a 664, que trata da pensão por morte. Na aprovação da MP 665, oito votos, decisivos para o governo, foram da sigla. O deputado José Carlos Aleluia (BA), por exemplo, diz que ainda está estudando o texto. Mas critica os colegas da oposição: “Há radicalização demais. Tem gente que acha que está triunfando, que é uma grande estrela, porque está contra o PT. Eu sempre estive”. Essa é a postura do ex-presidente do DEM deputado Rodrigo Maia (RJ). Ele tem dito no partido que não vai voltar atrás, pois isso não faria sentido com seu primeiro voto.

“A fusão é uma ideia do Eduardo Campos. Erroneamente nos criticam dizendo que o PPS vai nos puxar para a direta. Mas nós do PSB somos majoritários”

Márcio França, vice-governador de São Paulo

Volta ao passado

Candidato a suceder a Renan Calheiros no comando do Senado, o líder do PMDB, Eunício Oliveira, pode ficar contra a PEC que permite a reeleição dos presidentes das duas Casas em 2017. Quando era deputado, em 2004, votou contra.

Lúcia Vânia no PSB

Fundadora do PSDB, a senadora Lúcia Vânia (GO) vai deixar a sigla. Ela está magoada por ser tratada como infiel pelo líder Cássio Cunha Lima, desde o acordo do tucano com o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB), nas eleições para a Mesa da Casa. Ela relata: “É fato. As negociações (com o PSB) estão avançadas. Agora, não tem volta”.

Hóstia e barrinhas de cereais

No período pré-sabatina, o jurista Luiz Edson Fachin foi a missas em Brasília. Ontem, acordou às 5h e tomou café no quarto do hotel para não cruzar com ninguém. Sobreviveu à base de barrinhas de cereal e um misto ao interrogatório.

Medindo a temperatura

As pessoas creem que a inflação está acima de 10% (57%), em pesquisa feita na cidade do Rio. Para 50%, a presidente Dilma e o ex-presidente Lula são responsáveis pela crise. Na terceirização, deu 38% contra e 23% a favor. O Instituto GPP ouviu 1.200 pessoas nos dias 9 e 10 de maio.

Se as eleições fossem hoje

O eleitor carioca não votaria para prefeito em quem tivesse o apoio da presidente Dilma (77%) ou de Lula (68%). Para o Planalto, Aécio teria 26%, Marina, 24%, Lula, 19%, e Caiado, 1,9%. Chama a atenção: 23% não votariam em nenhum.

O batismo emplacou

No áudio enviado à CPI, da reunião do Conselho de Administração da Petrobras, Graça Foster adotou o apelido da oposição para o escândalo. “Se o mensalão levou 5, 6 anos (para ser julgado), o petrolão vai levar quanto tempo? Outros 5 ou 6?”

CONFIRMADO. Na pesquisa informal feita pelo relator da reforma política, Marcelo Castro (PMDB), o PSDB e o PT votaram pelo distrital misto.

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