Mais do que um dia para presentear, o domingo de Dia das Mães foi de comemorar a oportunidade de ainda poder estar mais um ano próximo às mães. Foi nesse sentido que filhos e matriarcas comemoraram a data em São Luís com várias atividades. O dia foi marcado por restaurantes lotados e homenagens nos cemitérios. A Igreja da Sé também teve uma programação especial, com uma mensagem voltada para todas as mães e filhos. Ontem, ainda houve a tradicional correria de filhos em busca do presente de última hora para suas mães.

As comemorações começaram cedo na cidade. Enquanto alguns filhos se reuniram para um café da manhã, outros presentearam as mães e avós logo cedo com buquês. Muitas famílias começaram o dia acompanhando as celebrações na Igreja da Sé. Foram duas missas, umas às 7h e outra às 10h, e ocorreram batizados. Nas duas missas, a catedral ficou lotada. Muitos fiéis ficaram em pé para assistir às celebrações do padre César de Sousa.

Segundo o pároco, a mensagem passada aos fiéis não poderia ser outra além da pregação de bênçãos sobre as vidas das mães. "Hoje [ontem], o Dia das Mães deve ser a simbologia maior das missas no mundo inteiro. Não poderia ser diferente na Igreja da Sé, em que as mães lotaram mais um ano. Elas vieram atrás da bênção e graça de Deus. Vieram em busca de paz para seus corações, de muito amor, e aqui elas receberam tudo isso", disse.

O padre afirmou ainda que o dia foi não só de comemorações, mas com um sentindo principal de orações por todas as mães, das mais ricas às mais pobres e também às que já se foram. "Hoje [ontem] é um dia em que a Igreja quer que as mães sofredoras, as mais tristes, as felizes, as que estão bem e que não estão sejam abençoadas por Deus. A palavra forte foi bênção para as nossas mães que moram em casas bonitas, que moram em casebres, ou debaixo da ponte, que têm comida ou não. Nossa Senhora é a mãe das mães e a missa também teve esse destaque. É ela quem chega para interceder em favor de todas essas mães. Deus abençoa e Maria intercede", explicou o padre César de Sousa.

Estou me sentindo muito bem, muito feliz, realizada em estar aqui com minha família, comemorando essa data, que é especial por esses dois motivos: o Dia das Mães e o meu aniversário"Alessandra Sarmento e Sá , advogada

Homenagens - Durante todo o dia, as homenagens podiam ser vistas em vários pontos da cidade. Muitos restaurantes ficaram lotados. Uma das mães que teve uma comemoração especial foi Alessandra Sarmento e Sá. Além de ser mãe, a advogada estava fazendo aniversário ontem. Por isso, reuniu familiares e amigos para um almoço especial.

"Hoje estou com um filho e minha nora e duas netas e a mãe da minha nora para comemorar não só o Dia das Mães, mas também o meu aniversário. É uma comemoração dupla. Estou me sentindo muito bem, muito feliz, realizada em estar aqui com minha família comemorando essa data que é especial por esses dois motivos: o Dia das Mães e o meu aniversário. Estou adorando o meu dia", afirmou a advogada.

A culinarista Admeé Duailibe também pôde estar junto dos filhos e amigos de longa data mais uma vez no dia dedicado às mães. Com oito filhos, 10 netos, 14 bisnetos e esperando um tetraneto, o dia não poderia deixar de ser movimentado na casa dela. Ainda mais pelas visitas das amigas que mantém há 50 anos. Para os filhos, são eles que recebem o maior presente do Dia das Mães, que ainda podem estar com ela.

"Ela é uma pessoa que para o que precisar está por perto. Faz de tudo para ajudar. Hoje, minha mãe é minha mãe e o meu bebê. Antes, ela cuidava de mim e hoje sou eu que cuido dela. É a coisa mais preciosa que tenho", disse o filho Marco Duailibe.

Saudade - Quem já perdeu sua mãe também não deixou de prestar homenagens. Ontem, o Cemitério do Gavião, na Madre Deus, recebeu muitas visitas. Filhos deixaram flores nos túmulos, acenderam velas e fizeram orações na capela local pelas almas de suas mães. Esse foi o caso de Enedires Albuquerque e suas quatro irmãs. Mesmo depois de vários anos da morte da mãe, elas se reúnem todos os anos para nunca deixar apagar sua memória.

Outra filha que faz questão de visitar o túmulo da mãe, principalmente no Dia das Mães, é a técnica judiciária Márcia Belfort Salgueiro. Já são 18 anos desde a morte de sua mãe e uma saudade que não acaba. "Acho importante vir ao cemitério, mas também sempre rezar a missa pela alma dela. Hoje [ontem], é um dia de tristeza por não ter mais a minha mãe. Mas também não posso negar a comemoração para os meus filhos. Devo dar graças a Deus por ter tido uma mãe tão boa por 80 anos e poder ser mãe", afirmou.

Presentes - Na Rua Grande, principal via de comércio popular da capital, foi intensa a movimentação para compra de presentes de última hora. Muitas lojas abriram as portas e funcionaram até as 14h. Antes dos almoços em família, muitas pessoas ainda estavam em busca do presente para suas mães para não decepcioná-las.

Muitos que só puderam ir ao local ontem, como a técnica de enfermagem Mary Joseph Lima Ferreira, alegaram a falta de tempo durante a semana. "Todo ano eu faço questão de dar presente para ela [mãe] e todo ano é assim: só venho comprar no dia das mães. Hoje, eu saí do plantão no hospital direto para cá para comprar o presente antes de ir almoçar com ela", lembrou.

Os vendedores que tiveram que trabalhar ontem também correram para depois do expediente para passar o resto do dia com suas mães como aconteceu com Valéria Gomes. "Já tinha avisado minha mãe que eu ia trabalhar hoje também, mas que ia para lá assim que a loja fechasse. O importante é ficar com ela", disse.

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