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Queixas de usuários de coletivos lideram ligações na Ouvidoria da SMTT

Demandas encaminhadas são em sua maioria relacionadas a motoristas que não param quando os passageiros tentam embarcar ou desembarcar de ônibus

Atualizada em 11/10/2022 às 12h59

A maioria das ocorrências registradas por meio da Ouvidoria da Secretaria Municipal de Trânsito e Transportes (SMTT) foi de reclamações em relação ao transporte público de São Luís. De todas as ligações recebidas, mais da metade diz respeito à recusa de parada pelo motorista, no embarque e desembarque de passageiros. A situação é comum em vários pontos da cidade e alvo de reclamações de quem já enfrenta as condições precárias dos coletivos e das paradas de ônibus e ainda não consegue subir ou descer dos ônibus.

Das reclamações recebidas pelo telefone 156, da Ouvidoria, 65% dizem respeito à recusa de parada, 25% sobre descumprimento de horários, viagens não realizadas e desvios de itinerários e 10% sobre assuntos diversos relacionados a trânsito.

As demandas encaminhadas às Ouvidorias devem ser levadas aos setores responsáveis, que, ao analisar e tomar as providências necessárias para resolução dos problemas, encaminham as respostas novamente para a Ouvidoria, que deve retornar contato com o reclamante no prazo máximo de 24 horas. Mas, pelo menos em relação aos motoristas que não param nos pontos, o problema ainda é recorrente.

Reclamação - Solicitar parada e não conseguir subir no ônibus é uma situação comum na Rua das Cajazeiras, no Centro. Basta observar por poucos minutos usuários correndo de um lado para o outro atrás dos ônibus que param e outros reclamando que não conseguiram pegar o ônibus, porque o motorista simplesmente não parou.

A dona de casa Dilma Garcia só conseguiu entrar no ônibus na terceira tentativa, na manhã de ontem. Ainda assim, teve de se arriscar correndo entre os veículos, para não perder mais um ônibus da linha São Raimundo que passava. Ela explicou que, como param vários ônibus no primeiro ponto da via, forma-se uma fila. Os motoristas vão estacionando ao longo calçada e, quando o fazem ainda longe do abrigo, eles dificilmente ficam novamente em frente à parada.

Dilma Garcia disse ainda que já passou pela situação várias vezes enquanto estava grávida do filho, que hoje tem 1 ano. Ela já procurou a Ouvidoria, mas não viu resultados. "Essa é a pior parada da cidade, porque os motoristas não param mesmo. Eles param lá em cima para alguém descer e depois saem da fila de ônibus e seguem lá pelo outro lado. Se a gente quiser pegar, tem de correr e alcançá-los. Se tiver de esperar outro ônibus passarem. Temos de ficar nesse abrigo com o telhado caindo ou debaixo de sol quente", disse.

Para os idosos, a situação também é comum e muitos não sabem que existe um canal para fazer a reclamação. Em todos os ônibus do Sistema de Transporte Público da capital, há uma placa com o número da Ouvidoria, mas a maioria dos usuários sequer sabe da existência do serviço ou desconhece seu objetivo.
A aposentada Zeli Almeida Barros também enfrentou dificuldades para ir para casa, pois o ônibus não parou para ela embarcar na Rua das Cajazeiras. Essa não foi a primeira vez que isso ocorreu com ela. "Já aconteceu diversas vezes, mas não reclamei. Para os mais jovens é mais fácil. Na terceira idade é tudo mais difícil. Até pegar ônibus", afirmou.

Para a também aposentada Josimar Lopes, que também não conseguiu pegar o primeiro ônibus que faz linha para o bairro Vinhais, a recusa à parada é um desrespeito com os usuários e deve ser combatido. "Esse é um desrespeito total, não só com os mais velhos, mas com todo mundo. Agora mesmo não parou o ônibus que eu queria pegar. Isso devia ser observado pelos gestores", declarou.

SMTT COM A PALAVRA

Segundo a Secretaria Municipal de Trânsito e Transportes (SMTT), todos os casos registrados na Ouvidoria são devidamente encaminhados para os setores competentes para a devida solução

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