Sem abastecimento

Moradores do Diamante reclamam de falta d’água e via danificada

Para tentar resolver o problema, Caema danificou asfalto em via do bairro

Atualizada em 11/10/2022 às 12h59

Moradores da Rua João Luís, no bairro Diamante, enfrentam problemas com abastecimento de água há vários anos. Mas, na última semana, viram a situação se agravar depois que a Companhia de Saneamento Ambiental do Maranhão (Caema) realizou um reparo em uma encanação que havia se rompido. Agora, eles continuam sem água em parte do bairro e com o asfalto danificado na via.

Durante quase dois meses, um cano da tubulação de água ficou jorrando água tratada na Rua João Luís depois de se romper. Segundo os moradores do local, o problema parecia que seria resolvido há cerca de oito dias, quando a Caema enviou uma equipe ao local para solucionar o problema. Mas o resultado do serviço foi bem diferente do que eles esperavam.

Ainda de acordo com os moradores, os trabalhadores fizeram duas crateras na via para reparar a tubulação. Depois, taparam os buracos com a terra que havia sido retirada. Mas o asfalto não foi recuperado, o que prejudicou o trânsito na região. Com a via danificada, muitos carros têm dificuldade para passar. E com as chuvas que tem atingido a cidade, a terra colocada é levada pela água pluvial, formando novamente os buracos.

Falta d'água - Os moradores contam ainda que esperavam que o reparo na tubulação rompida garantisse também que o abastecimento fosse normalizado, já que a água não estava chegando a todas as residências. Nas casas onde ainda havia abastecimento, a água só jorra nas torneiras em determinados períodos do dia. Mas isso também não aconteceu.

Segundo a dona de casa Angélica dos Santos Costa, várias residências estão sem água nas torneiras há vários dias. Na casa dela, a situação não é muito diferente. "Quando o cano estava quebrado, não estava dando água. Depois que ajeitaram, a água está chegando de madrugada ou só à tarde. Temos de ficar esperando a hora que ela vai chegar. Pior são outras casas, que continua sem cair uma gota", disse.

Com tanta dificuldade para conseguir água, ela recorre ao tanque para armazenar o líquido para os serviços de casa. Para beber, é preciso comprar. "O galão custa R$ 6,00 e como eu não posso carregar, tenho de pagar alguém para trazer. Às vezes, a gente tem de deixar de comer para ter água, porque não dá para ficar sem", afirmou Angélica dos Santos Costa.

A dona de casa Fátima Albuquerque também enfrenta dificuldades em relação a água. Morando há 40 anos na Rua João Luís, ela sempre teve problemas com o abastecimento e todas as vezes que viu alguma tentativa da Caema para solucionar esses problemas, não viu resultado efetivo.

"Eles sempre vêm e nunca resolvem. Eu só tenho água porque tenho caixa e aqui, nesse ponto da rua, ainda enche. Mas temos de economizar. Só lavamos roupa quando cai direto da rua na torneira e a da caixa é para banhar, lavar louça. O banho também é rápido para economizar até cair água na caixa de novo ou ficamos sem", contou.

O Estado entrou em contato com a Caema para obter informações sobre as providências que estão sendo adotadas, e em nota a companhia informou que já está programando a recuperação do trecho onde foram retirados dois vazamentos na rede de água na Rua João Luís, no Diamante. Com relação ao abastecimento de água, uma equipe irá ao local hoje para fazer uma inspeção.

A Caema afirmou ainda que algumas áreas mais altas da região central da cidade apresentam problemas no abastecimento por causa da redução na produção de água no Sistema Sacavém, com o baixo nível de água no reservatório do Batatã. A Caema está buscando uma solução com a perfuração de seis poços na região central. Dois deles, no Bairro de Fátima e Praça Catulo, na Vila Passos, já estão concluídos e devem entrar em operação ainda em maio. Os outros poços serão perfurados no Parque do Bom Menino, Praça da Misericórdia, Monte Castelo e Outeiro da Cruz.

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