Crônica

Políticas públicas para o meio ambiente

Ivan Sarney

Atualizada em 11/10/2022 às 12h59

A cada dia cresce a conscientização mundial de que somos todos responsáveis pelo uso sustentável dos recursos naturais, pela sobrevivência da espécie humana e por toda a biodiversidade do nosso Planeta. Essa conscientização reflete a importância das questões ambientais para a humanidade, como uma luta permanente e sem tréguas.

Tenho absoluta convicção que estamos vencendo essa luta, em que pesem os revezes que algumas vezes temos sofrido, no curso de nossa caminhada. Quando uso o nós, aqui, estou me referindo a humanidade, pois essa é uma luta da espécie humana, em nome de todas as espécies de vida que Deus criou para habitar a Terra.

As esperanças de todos aqueles que sonhamos com a reconstrução social do homem, e com um mundo melhor, é que os fachos de luz que estamos acendendo iluminem, definitivamente, a consciência dos povos, no mundo inteiro.

A cada dia, cresce também o volume de apelos educativos, a consciência da necessidade de estabelecermos novas práticas de convívio com os recursos naturais, protegendo e respeitando a natureza, para alcançarmos uma melhor qualidade de vida. Numa hipótese menos luminosa, para não permitirmos que nossa qualidade de vida assuma proporções de degradação insustentáveis.

Em nosso país, sinto isso no conteúdo das matérias que têm sido veiculadas pela imprensa, de um modo geral, pela forma como tem atuado o Ministério Público, como guardião das leis; pelo modo como estão proliferando as organizações não governamentais de proteção à natureza; pelo jeito com que as escolas do curso fundamental e médio estão encaminhando a discussão desse tema, muitas vezes, já estabelecendo uma prática saudável de respeito ao meio ambiente.

Por que isso, nesses primeiros quatorze anos do novo século? Parece uma demonstração de culpa e uma urgente necessidade de recompor o tempo perdido, os passos perdidos, para não sermos condenados pela história da civilização humana, para não sermos julgados impiedosamente pelas futuras gerações, como o século da degradação do planeta Terra.

"As esperanças de todos aqueles que sonhamos com a reconstrução social do homem, e com um mundo melhor, é que os fachos de luz que estamos acendendo iluminem, definitivamente, a consciência dos povos, no mundo inteiro."Ivan Sarney
Julgados como o século da civilização que conquistou o espaço, mas que foi incapaz de viver em harmonia com a natureza, destruindo ecossistemas, a biodiversidade, as reservas florestais, poluindo os rios ou devastando suas matas ciliares, realizando uma gestão ambiental nociva à qualidade de vida do homem e ao planeta que habitamos.

Muitos fatores estão concorrendo para isso, mas a destruição da camada de ozônio, a ameaça aos recursos hídricas não salinizados, o desequilíbrio na relação entre metro quadrado de área verde por habitantes, a desertificação de muitas áreas, no planeta; todos esses fatores, por representarem ameaças de caráter geral, num mundo cada vez mais globalizado, estão acentuando o processo de reflexão e as ações reparadoras, visando reverter esses conflitos, ao longo dos próximos anos, como projetos de interesse da civilização humana.

Como é bom estar participando desse momento, da reversão das expectativas sombrias que ainda ameaçam a sobrevivência de nosso planeta e de nossa espécie humana. Como é bom sentir que somos agentes de transformação de um mundo que é movimento permanente, e que tem dado duras respostas às agressões que nele perpetramos, com ações que desequilibram seus sistemas de forças sinérgicas. Como é duro, também, saber que somos vítimas de nossa própria ansiedade de progresso, de nossas afirmações de soberania, de poder político e econômico, que não atentam para a diminuição das desigualdades sociais entre países, entre povos, entre regiões, entre cidade e vilas, e não respeitam a vida humana.

A Agenda 21 representa o compromisso de 179 países, que integram as Nações Unidas, pela busca de um modelo de desenvolvimento sustentável, almejando melhor qualidade de vida para todos os povos, com respeito à preservação dos recursos naturais. Essa Agenda continua a representar o reconhecimento do muito que precisa ser feito e uma proposta de ações sistemáticas que possam, através de políticas públicas, assegurar as mudanças que precisamos implementar para maior harmonia entre os homens e o planeta Terra.

Ela representa um esforço estratégico, um meio para atingirmos objetivos e ideais predeterminados, e está motivando os povos do mundo inteiro na busca de soluções para os problemas que afligem seus países e que, de algum modo, contribuem para o desequilíbrio ambiental do planeta. Somos todos responsáveis por todos! Esse pode ser o lema que devemos introjetar em nossa alma e em nossa consciência, para presidir os atos de gestão de nossa própria vida, de modo a torná-la mais responsavelmente comum e coletiva.

Tive o privilégio de Coordenar o Fórum Municipal do Meio Ambiente, Agenda 21, tendo sido o autor da proposição que lhe deu origem, na condição de vereador e Presidente da Comissão de Meio Ambiente da Câmara Municipal e, posteriormente, como Presidente da Câmara Municipal. Referendado pelo Ministério do Meio Ambiente como exemplo de Agenda 21 criada em Casa Legislativa, sentimo-nos vitoriosos por tudo o que conseguimos realizar, com participação dos vereadores, de ongs, de empresas privadas e entes públicos e da sociedade civil organizada. Estamos dando nossa contribuição e dispostos a continuar lutando por um Mundo melhor.

Amar a Cidade é cuidar de seu futuro, discutindo a qualidade de vida de sua comunidade e seu desenvolvimento sustentável. É preciso amar a cidade.

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