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Diversidade em discussão

Projeto Curta a Diversidade! será realizado hoje, às 19h, no Cine Praia Grande com exibição do filme Priscilla, a rainha do deserto

Atualizada em 11/10/2022 às 12h59
Cena do filme Priscilla, a rainha do deserto
Cena do filme Priscilla, a rainha do deserto (Priscilla a rainha do deserto)

São muitas as versões para a origem do termo drag. Uma delas vem do teatro antigo, quando os homens interpretavam todos os personagens, incluindo os femininos, sendo a palavra um acrônimo para “DRessed As Girl”, ou seja, “vestido como garota”. Dizem ainda que Shakespeare, no período elisabetano, já fazia anotações em suas peças para indicar o ator que faria o papel feminino, como “Dr.A.G.”. Outras versões dão conta que a palavra passou a ser usada com mais frequência como uma gíria polari (língua informal usada pela subcultura gay britânica) no início do século XX. Acredita-se ainda que antes mesmo, no século XVIII, drag designava homens que se vestiam como mulheres não necessariamente para fins teatrais. Independente da origem do nome, drag queens sempre cativaram o público e é nesse universo que o projeto Curta a Diversidade! mergulha hoje.

Às 19h, no Cine Praia Grande, acontece sessão gratuita do filme Priscilla, a rainha do deserto. Com um roteiro ousado, história divertida e três drag queens espalhafatosas foram a fórmula que fez do longa australiano de 1994 um sucesso. O filme mostra a viagem de Mitzi, Felicia e Bernardete de Sidney a Alice Springs, no deserto australiano, para fazer shows. Para percorrer o longo caminho, eles embarcam em um ônibus carinhosamente batizado de Priscilla. Escrito e dirigido por Stephan Elliot, Priscilla, além de divulgar o cinema australiano e colocar em evidência o tema LGBT, mostra o medo de uma das três drag queens, que têm um filho de oito anos e não sabe qual vai ser a reação dele ao vê-la no palco.

Bate-papo- Assim como o filme, a sessão desse mês do Curta a Diversidade! quer mostrar o lado humano dessas artistas, escancarando o antes e depois da “montagem” como a biografia dos indivíduos reais que encarnam essas personagens. Quem é a criatura de carne e osso por trás de tanto pano e maquiagem, o ser humano frágil escondido pela peruca? Essas e outras respostas serão dadas pela drag Hava Fofolletthy, que responderá perguntas do público após a exibição do filme.

Hava Fofolletthy é a personagem criada há cinco anos pelo ator Paulo Gustavo, que faz teatro desde os 12 anos. “A drag queen veio num espetáculo em Recife chamado As Porquinhas em 2010. Após o espetáculo, vieram oportunidades de fazer animações em festas, telegramas animados, chás, casamentos, inauguração de lojas, casamentos. A drag queen, veio como personagem e depois se tornou algo para ganhar a vida. Hoje, tenho uma visão bem mais ampla de representar um personagem feminino”, disse.

A escolha do nome veio a partir da brincadeira de um amigo de Paulo Gustavo, que sempre chamava alguns afeminados de “fofolete”. “Como eu era bem gordinho na época, veio a ideia de colocar esse nome seguido de um primeiro nome, que escolhi Hava. Incrementei a escrita e o nome e ficou Hava Fofolletthy”, conta. A aceitação desse tipo de arte no Maranhão também será tema do bate-papo de logo mais à noite. “Em outras capitais a aceitação é bem maior do que no Maranhão, tanto que a maior parte dos meus clientes é de fora. Mas a luta continua para inserir essa cultura aqui”, comentou.

Além do filme e do bate-papo com Hava Fofolletthy, o público do Curta a Diversidade! participa de uma oficina de maquiagem, que acontece a partir das 16h30, também no Cine Praia Grande. A oficina será ministrada pela maquiadora e designer Daliany Olimpio, que há nove anos trabalha com maquiagem. Durante a oficina ela dará dicas e ensinará truques sobre contornos e iluminação no make up, criando efeitos de iluminação e degradê no rosto.

Serviço

O quê

Projeto Curta a Diversidade!

Quando

Hoje, às 19h

Onde

Cine Praia Grande

Ingressos

Entrada franca

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