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Reféns ocidentais da Al-Qaeda são mortos em operação dos EUA

Americano e italiano foram mortos em janeiro, segundo a Casa Branca. Governo disse que Obama assume plena responsabilidade por operações; a mesma operação também matou outro líder americano da Al-Qaeda, Ahmed Farouq, segundo o governo dos EUA

Atualizada em 11/10/2022 às 12h59
(Barack Obama, presidente dos EUA)

Reféns ocidentais da Al-Qaeda

são mortos em operação dos EUA

Americano e italiano foram mortos em janeiro, segundo a Casa Branca.
Governo disse que Obama assume plena responsabilidade por operações; a mesma operação também matou outro líder americano da Al-Qaeda, Ahmed Farouq, segundo o governo dos EUA

Legenda

Obama fala sobre a morte de dois reféns em uma operação americana na fronteira entre o Paquistão e o Afeganistão (Foto: Susan Walsh/AP)

EUA - Dois reféns ocidentais da Al-Qaeda, um americano e um italiano, foram mortos por engano durante uma operação americana realizada em janeiro na fronteira entre o Paquistão e o Afeganistão, anunciou a Casa Branca ontem. Outra operação matou o porta-voz da rede extremista, o americano Adam Gadahn, anunciou a Casa Branca.

As vítimas são o médico americano Warren Weinstein, refém desde 2011, e o italiano Giovanni Lo Porto. A mesma operação também matou outro líder americano da Al-Qaeda, Ahmed Farouq, segundo o governo dos Estados Unidos.

Em discurso logo após a divulgação dos fatos, o presidente Barack Obama expressou suas condolências pela morte de duas pessoas inocentes e disse que conversou com as famílias. Segundo ele, os dois reféns eram homens corajosos.

Arrependimento - O presidente americano disse se arrepender profundamente do que aconteceu na operação em janeiro e assumiu total responsabilidade pelo ocorrido. "Nós vamos identificar as lições que podem ser aprendidas com esta tragédia e qualquer mudança que deve ser realizada. Nós faremos o nosso máximo para assegurar que isto não se repita", disse Obama.

Segundo ele, a operação era “totalmente consistente” com os esforços antiterrorismo na região, e os EUA acreditavam que não havia nenhum civil no complexo atacado.

Obama ordenou que os detalhes sobre a operação deixassem de ser informação confidencial ao governo. O presidente ainda afirmou que os membros da Al-Qaeda mostos no ataque eram perigosos.

"Como presidente e comandante-em-chefe, assumo toda a responsabilidade pelas operações de contraterrorismo", disse Obama. "O quanto antes identificarmos o que aconteceu, vou divulgar as informações. As famílias merecem saber a verdade."

Obama não deu detalhes sobre que tipo de ataque matou os reféns, declarando apenas que a região era o centro da liderança da Al Qaeda. "Não tínhamos informação de que nenhum civil estaria presente, e sim de que o local era uma célula da Al Qaeda. Precisamos corrigir nossos erros e fazer de tudo para que isso não se repita.

Abandono - O americano Warren Weinstein havia reclamado de ter sido "abandonado e esquecido" pelo governo de seu país. Em vídeo de 13 minutos divulgado em dezembro de 2013, Weinstein relatava estar com problemas de saúde e pedia ajuda ao presidente Obama. Ele tinha então 72 anos.

"Nove anos atrás vim ao Paquistão para ajudar meu governo e fiz isso num momento em que a maioria dos americanos não viria para cá", disse. "Agora, quando preciso do meu governo, me sinto totalmente abandonado e esquecido."

Professor universitário, Weinstein – que chegou a trabalhar por um período para a Usaid, agência americana de ajuda internacional – era consultor no Paquistão na época do sequestro. No vídeo de 2013, ele apelou para que Obama negociasse com a Al Qaeda, estratégia normalmente refutada pelo governo norte-americano.

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FRase

"Como presidente e comandante-em-chefe, assumo toda a responsabilidade pelas operações de contraterrorismo"

Barack Obama, presidente dos Estados Unidos

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