Caramujos de espécie africana se multiplicam no bairro Sol Nascente

Proliferação do molusco na periferia de Imperatriz é motivo de preocupação

Atualizada em 13/10/2022 às 10h28
(T)

Imperatriz - O surgimento de caramujos da espécie africana Achatina fulica está preocupando moradores do bairro Sol Nascente, na periferia de Imperatriz. Em contato com esses moluscos, três crianças teriam apresentado micoses e mal-estar.

Os moradores da Rua Voluntários da Pátria disseram que os moluscos começaram a aparecer com o início do período das chuvas. Todos os dias eles recolhem os caramujos de plantas e até das paredes das casas e os matam com sal de cozinha.

O motorista Dean Nunes de Miranda disse que, desde o surgimento dos animais, as crianças da rua começaram a apresentar coceiras pelo corpo e febre. "Nos preocupa, pois as crianças não sabem o que é e ficam brincando com esses bichos", relatou o morador.

O Dj Odair José de Sousa lembrou que, embora as crianças sejam mais vulneráveis, os adultos também correm riscos de contrair doenças. "Qualquer pessoa, se pegar nesse caramujo, já fica doente na mesma hora. É por isso que três pessoas daqui do bairro foram parar no hospital com febre, coceira e barriga grande", ressaltou o morador.

ANIMAL

Nem mesmo um cachorro de um dos moradores teria sido poupado. O cão teria perdido os pelos, emagrecido e morrido após abocanhar um caramujo, segundo informou Odair de Sousa. Ele adiantou que o caso será levado à Secretaria Municipal de Saúde.

A dona-de-casa Rita Gomes Barbosa disse que um neto dela, de 3 anos, apresentou coceiras pelo corpo logo após ter brincado com caramujos. "Eu também estou preocupada com um netinho de 7 anos, que está com muitas manchas nas perninhas", queixou-se a dona-de-casa.

O Estado encontrou a criança Jasson Vieira (neto de Rita Barbosa), que mostrou as manchas que sugerem micose, mas negou que tivesse brincado com os caramujos. Ele foi desmentindo pela avó.

Os moradores estão preocupados por não conhecer o caramujo, mas não escondem a aflição também por não ter recebido até agora qualquer orientação sobre o que fazer para prevenir doenças ou destruir os moluscos. Sempre que recolhem, eles costumam matar os animais com sal de cozinha.

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