Intoxicação por metanol: Maranhão não tem casos suspeitos até o momento, afirma SES
Secretaria diz que quadro de paciente que deu entrada na UPA do Parque Vitória não se enquadra como intoxicação por metanol, até o momento; resultados conclusivos estão sendo aguardados
SÃO LUÍS - A Secretaria de Estado da Saúde (SES-MA) informou neste domingo (12) que até o momento não há notificação de casos suspeitos de intoxicação por metanol no Maranhão. A declaração foi feita após um paciente dar entrada na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Parque Vitória, em São Luís.
Segundo a SES, o paciente está em avaliação médica e a situação dele, até o momento, não se enquadra como caso suspeito desse tipo específico de intoxicação, podendo tratar-se de outro agente causador.
A Secretaria de Estado da Saúde diz que aguarda resultados conclusivos de exames.
Leia, abaixo, a nota da SES na íntegra:
A Secretaria de Estado da Saúde (SES) informa que não há registro de casos suspeitos de intoxicação por metanol no Maranhão. O paciente da UPA do Parque Vitória está em avaliação médica e não se enquadra como caso suspeito desse tipo específico de intoxicação, pode tratar-se de outro agente causador.
A SES reforça à população para evitar o consumo de bebidas alcoólicas de origem desconhecida ou sem registro sanitário, devido ao risco de contaminação por substâncias tóxicas.
Novas informações serão divulgadas assim que houver resultados laboratoriais conclusivos.
Paciente de Monção internado no Hospital Carlos Macieira está sendo submetido a exames complementares, afirma SES
Em nota encaminhada ao Imirante no sábado (11), a SES informou que o paciente citado ainda está em avaliação médica e que ele está sendo submetido a exames complementares e recebendo acompanhamento especializado no Hospital Carlos Macieira (HCM).
“O paciente está sendo submetido a exames complementares e recebendo acompanhamento especializado no Hospital Carlos Macieira (HCM)”, afirmou a pasta.
Brasil tem 29 casos confirmados de intoxicação por metanol
Até o momento, São Paulo, Paraná e Rio Grande do Sul são os estados com casos confirmados por esse tipo de intoxicação. Ao todo, foram registrados 25 casos em SP, 3 no PR e 1 no RS.
O estado de São Paulo está investigando 160 notificações, o que representa 73,73%. Em seguida, aparecem Pernambuco com 31 suspeitas, Rio Grande do Sul (4), Mato Grosso do Sul (4), Piauí (4), Rio de Janeiro (3), Espírito Santo (3), Goiás (2), Alagoas (1), Bahia (1), Ceará (1), Minas Gerais (1), Rio Grande do Norte (1) e Rondônia (1).
Em relação aos óbitos, 5 foram confirmados no estado de São Paulo e 12 seguem em investigação, sendo 1 no CE, 1 em MG, 1 no MS, 3 em PE e 6 em SP.
As autoridades federais suspeitam que a contaminação esteja relacionada ao consumo de bebidas alcoólicas adulteradas, vendidas de forma clandestina. O metanol, usado em processos industriais, é extremamente perigoso para consumo humano e pode causar danos neurológicos irreversíveis.
Alerta à população
O Ministério da Saúde e a Anvisa emitiram alertas para que a população evite o consumo de bebidas de origem duvidosa e denuncie estabelecimentos suspeitos. A recomendação é que qualquer pessoa que apresente sintomas após ingerir bebidas alcoólicas procure imediatamente atendimento médico.
Tratamento da intoxicação por metanol
Diante do aumento de casos relacionados ao consumo de bebidas alcoólicas adulteradas, o Ministério da Saúde, em parceria com a Associação de Medicina Intensiva Brasileira (AMIB), divulgou orientações específicas para profissionais de saúde sobre o manejo da intoxicação por metanol.
As recomendações incluem:
- Reconhecimento precoce dos sintomas, como alterações visuais, vômitos, dor abdominal e dificuldade respiratória
- Administração imediata de antídotos, como etanol ou fomepizol
- Encaminhamento dos casos graves para unidades de terapia intensiva (UTI)
- Notificação imediata às autoridades de saúde
O objetivo é garantir uma resposta rápida e eficaz, reduzindo os riscos de complicações graves como cegueira, danos neurológicos e óbito.
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