SÃO LUÍS - O 2º Grupamento de Bombeiros registrou, nos primeiros 20 dias de outubro, 28 casos de queimadas, sendo 22 em vegetação e seis em lixo. Por ser considerado o mês crítico, a tendência é que até o final de outubro mais ocorrências sejam registradas. Em setembro, o número de queimadas foi de 31, das quais 27 ocorreram em vegetação e quatro em lixo.
O período de estiagem começou em julho e se estende até dezembro. Setembro e outubro são os meses em que há mais ocorrências registradas. Neste período, ocorrem muitas queimadas porque a vegetação fica mais seca e desidratada. Para combater os focos de incêndio, o Corpo de Bombeiros tem uma equipe específica, que trabalha 24 horas. "Temos uma equipe destinada para estes casos, eles utilizam abafadores e bomba costal, com até 18 litros de água", disse o tenente-coronel Alves.
Fazer queimada para limpar o terreno é uma prática comum e que deve ser feita de forma adequada para evitar maiores perigos. O ideal é que este método seja feito no início da manhã ou fim da tarde, pois a temperatura não está tão elevada e o vento está mais fraco. É importante fazer o acero - limpeza que se faz em torno de uma cerca de arame, a 1m de distância, mais ou menos, de cada lado, para protegê-la contra o fogo por ocasião das queimadas - e avisar a vizinhança. "Antes de fazer a queimada deve-se pedir autorização para o Ibama. A vigilância durante a queimada e a prevenção com bombas de água também são fatores importantes para evitar conseqüências desagradáveis", frisou o tenente-coronel Alves.
Segundo o tenente-coronel, os locais com maior incidência de queimadas em São Luís são os bairros do Turu, Araçagi, Maracanã e Calhau. Nas dunas da Avenida Litorânea, é comum a prática de acampamentos e, geralmente, a má utilização das fogueiras, ocasiona focos de incêndio. "Após utilizar a fogueira, o ideal é que jogue água. Se não tiver, é aconselhável que um buraco seja cavado para jogar as brasas e cobri-las", informou.
O lixo queimado, as pontas de cigarro e os pedaços de vidro jogados em vegetação seca são motivos preocupantes para o Corpo de Bombeiros. "Ao jogar o cigarro, devemos observar se a ponta está realmente apagada. Outra forma de evitar queimadas é não jogar garrafas na vegetação. O vidro serve como lupa: direciona para vegetação seca os raios solares, iniciando o foco de incêndio", alertou o sargento J. Silva.
Atualmente, o 2º Grupamento de Bombeiros tem 80 homens capacitados para o combate de incêndio florestal. De acordo com o sargento J. Silva, a corporação faz um trabalho educativo com escolas e comunidades. Em média, o Corpo de Bombeiros visita 10 escolas por mês. Durante as visitas, são realizadas palestras, e os bombeiros dão orientações e falam dos cuidados que a população deve ter e sobre os perigos existentes ao fazer queimada. A população também pode procurar o 2º Grupamento de Bombeiros, no Centro Social Urbano (CSU), na Cohab, para participar do trabalho educativo.
O tenente-coronel Alves observou que o índice de queimadas tem aumentado e que é necessário que a população tenha consciência e preserve mais as matas e a vegetação. "A educação é fundamental para mudarmos nossas ações. Os pais devem ensinar os filhos a cuidar da natureza", disse.
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