Escola e árbitros são punidos após caso de racismo em partida de jogos escolares em São Luís
As punições a escola foram divulgadas nessa sexta-feira (26), após uma reunião realizada para apurar as denúncias de racismo.
SÃO LUÍS - Uma decisão da Federação Maranhense de Desporto Escolar suspendeu, por 180 dias, a escola Upaon-Açu por conta de ataques racistas feitos pela torcida da escola contra um aluno de outra instituição durante uma partida de futsal dos Jogos Escolares de São Luís.
As punições a escola foram divulgadas nessa sexta-feira (26), após uma reunião realizada para apurar as denúncias de racismo. Além da suspensão de 180 dias, a escola também deve pagar uma multa no valor correspondente a um salário mínimo em cestas básicas. A federação comprovou que os insultos racistas saíram da torcida da escola durante a competição.
A Federação decidiu suspender, por 90 dias, o árbitro Luis Carlos Jansen, que apitava a partida em que o episódio aconteceu. O também árbitro Euvaldo Barros Ribeiro, que estava no jogo, recebeu uma advertência.
Sobre o caso
Um caso de racismo durante uma partida dos Jogos Escolares em São Luís está sendo investigada pela Federação Maranhense de Desporto Escolar. O ataque foi feito por torcedores que assistiam a um jogo de futsal.
Durante a partida, que ocorreu no último domingo (21), um atleta do Instituto Estadual de Educação, Ciência e Tecnologia do Maranhão (Iema) denunciou ter sofrido racismo. A vítima relatou ter ouvido gritos e xingamentos vindos da arquibancada, mas não pôde identificar as pessoas devido a quantidade de gente no local e por estar de costas para o público no momento em que ouviu os ataques racistas.
Ainda segundo o estudante, as ofensas teriam sido feitas por torcedores da equipe adversária, de uma escola privada de São Luís. Nas redes sociais, a escola Upaon-Açu se manifestou sobre o caso e disse que os árbitros que conduziram a partida disseram não ter ouvido falas discriminatórias de ambas as torcidas, mas que vai acompanhar o caso até que tudo seja esclarecido. Já a direção do Iema, por meio de nota, repudiou o preconceito sofrido pelo aluno.
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