PEC de Transição

Líderes de partidos defendem R$ 80 bi fora do teto

Partidos avisam à transição que valor acima de R$ 100 milhões não tem condições de passar no Congresso.

Ipolítica

Atualizada em 09/11/2022 às 16h37
PP e PL não devem aceitar valor acima de R$ 100 milhões
PP e PL não devem aceitar valor acima de R$ 100 milhões (Waldemir Barreto / Agência Senado)

BRASÍLIA - Líderes partidários enviaram à equipe de transição do governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT), na terça-feira (8), um recado claro sobre a proposta de uma PEC de Transição que libere espaço no Orçamento de 2023 para o cumprimento de promessas de campanha do petista – dentre elas o Auxílio Brasil (que voltará a ser chamado de Bolsa Família) de R$ 600.

Segundo as lideranças, o Congresso Nacional aceitaria sem resistências uma PEC de Transição no valor de R$ 80 bilhões. Mais do que isso, afirmam, haverá dificuldades de aprovação – o que pode inviabilizar a proposta em virtude de prazos.

A informação é da CNN Brasil.

De acordo com a publicação, os partidos entendem que com R$ 80 bilhões fora do teto de gastos seria possível garantir os R$ 600 e um aumento real do salário mínimo no próximo ano.

O recado também transmitido ao governo petista é de que tanto o PP como o PL não aceitarão um valor fora do teto de gastos acima de R$ 100 bilhões, mesma posição manifestada por integrantes do mercado financeiro. Diante do recado dos líderes partidários, dirigentes petistas já falam em um montante de meio-termo de R$ 105 bilhões – a pedida inicial era de R$ 175 bilhões, segundo minuta da equipe de transição.

“A PEC tem que ser absolutamente consensual ou então não tramita no prazo necessário. E, de consensual, nós temos o auxílio de R$ 600 e o ganho real do salário mínimo, que foram promessas dos dois candidatos. Acho que isso na faixa dos R$ 80 bilhões, nós temos como tramitar, sem nenhum parlamentar contra”, disse o líder do governo na Câmara dos Deputados, Ricardo Barros (PP-PR).

O líder do PDT na Câmara dos Deputados, André Figueiredo (CE), ressaltou que tem compreensão de que é necessária uma PEC, mas salientou a necessidade de celeridade no processo.

“Para tramitar uma PEC, são necessárias 20 sessões. Então, nós temos que afunilar nesse caminho para que possamos ter essa garantia de que já no 1º de janeiro nós teremos esse auxílio de R$ 600”, afirmou.

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