MENOS PODER DE COMPRA

Produtos da cesta básica comprometem cerca de 60% do salário mínimo

Em junho, o valor do conjunto dos alimentos básicos aumentou em nove de 17 capitais monitoradas pelo Dieese.

Imirante.com

O leite integral e a manteiga registraram aumento de preços em 17 cidades, entre maio e junho
O leite integral e a manteiga registraram aumento de preços em 17 cidades, entre maio e junho (Divulgação/Maurício Vieira)

BRASIL - Em torno de 59,68% do salário mínimo líquido do trabalhador, ou seja, após o desconto de 7,5% referente à Previdência Social, foi comprometido somente para adquirir os produtos da cesta básica. É o que revela a Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos, realizada pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), referente ao mês de junho. 

O custo em junho ficou pouco maior do que o de maio, quando o foi de 59,39%. Em junho de 2021, quando o salário mínimo era de R$ 1.100,00, o percentual de comprometimento do salário mínimo ficou em 54,79%. 

Os dados do Dieese também mostram que o tempo médio necessário para o trabalhador adquirir os produtos da cesta básica foi de 121 horas e 26 minutos em junho, maior do que o registrado em maio, de 120 horas e 52 minutos. Em junho de 2021, a jornada necessária ficou em 111 horas e 30 minutos. 

Custo da cesta

Em junho, o valor do conjunto dos alimentos básicos aumentou em nove das 17 capitais onde o Dieese realiza mensalmente a Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos. Entre maio e junho, as maiores altas ocorreram no Nordeste, nas cidades de Fortaleza (4,54%), Natal (4,33%) e João Pessoa (3,36%). 

Oito cidades apresentaram reduções, sendo que as mais expressivas foram registradas no Sul: Porto Alegre (-1,90%), Curitiba (-1,74%) e Florianópolis (-1,51%).

Produtos

O leite integral e a manteiga registraram aumento de preços em 17 cidades, entre maio e junho. Para o leite UHT, as maiores altas ocorreram em Belo Horizonte (23,09%), Porto Alegre (14,67%), Campo Grande (12,95%) e Rio de Janeiro (11,09%). No caso da manteiga, destacam-se as elevações observadas em Campo Grande (5,69%), Belém (5,38%) e Recife (3,23%).

Já o preço do quilo do pão francês subiu em 15 das 17 cidades pesquisadas em junho e os percentuais mais expressivos foram observados em Belém (10,29%), Salvador (3,36%) e Natal (3,21%). A farinha de trigo, que é coletada no CentroSul, teve seu preço majorado em todas as capitais, com destaque para as variações em Brasília (6,64%) e Vitória (5,49%).

O valor do quilo do feijão carioquinha subiu em todas as cidades onde é pesquisado, assim como o preço do quilo do café em pó, que teve aumento em 13 capitais. 

Na contramão, a batata apresentou queda de preço em todas as cidades, consequência da maior oferta em razão da intensificação da colheita da safra de inverno. As reduções mais expressivas foram registradas em Campo Grande (-19,60%), Florianópolis (-16,31%) e Belo Horizonte (-14,72%).

Leia outras notícias em Imirante.com. Siga, também, o Imirante nas redes sociais Twitter, Instagram, TikTok e canal no Whatsapp. Curta nossa página no Facebook e Youtube. Envie informações à Redação do Portal por meio do Whatsapp pelo telefone (98) 99209-2383.