Suspeita de fraude

Wellington pressiona por rescisão de contrato com banca que realizou concurso da AL

Deputado estadual afirmou que somente a anulação da primeira etapa do concurso não é o suficiente.

Ipolítica com Agência Assembleia

Wellington do Curso é deputado estadual
Wellington do Curso é deputado estadual (Agência Assembleia)

SÃO LUÍS - O deputado estadual Wellington do Curso tem pressionado a Mesa Diretora e o presidente da Assembleia Legislativa, deputado Othelino Neto, pela rescisão de contrato da Casa com a Fundação Centro Estadual de Estatísticas, Pesquisas e Formação de Servidores Públicos do Estado do Rio de Janeiro (CEPERJ), instituição que realizou concurso do legislativo estadual.

A primeira etapa do concurso foi anulada por Othelino após o Ministério Público ter apontado início de investigação por suspeita de fraude. Ocorreu também depois de o deputado Yglésio Moyses utilizar a tribuna para denunciar suposta fraude nas provas.

“Desde o início, estou atento na fiscalização do concurso da Assembleia Legislativa. Alertei inúmeras vezes, após receber as solicitações dos candidatos. Não basta anular primeira etapa, é necessário mudar a banca organizadora  para evitar novas fraudes. Por isso, encaminhei indicação ao presidente da Assembleia Legislativa para evitar que o que aconteceu no Rio de Janeiro quando a Ceperj organizou o concurso, se repita no Maranhão. Concurso é coisa séria e não podemos permitir que uma banca sem credibilidade como essa destrua os sonhos de dezenas de pessoas”, disse.

Recomendação

O Ministério Público do Maranhão (MP) encaminhou na quinta-feira, 23, recomendação ao presidente da Assembleia Legislativa para que o contrato firmado com a CEPERJ, responsável pela realização do concurso público do órgão legislativo, seja rescindido.

Othelino tem até 15 dias para informar ao MP sobre a recomendação do órgão.

Candidatos do concurso da Assembleia denunciaram à Ouvidoria do MP falhas na fiscalização das provas, irregularidades na publicidade do certame, vazamento de gabarito preliminar, utilização ilegal de celulares, suposta corrupção da CEPERJ, além de provas e embalagens sem lacre.

As denúncias levaram a 1ª Promotoria de Justiça de Defesa do Patrimônio Público e da Probidade Administrativa de São Luís a instaurar, em 26 de maio, investigação sobre o caso.

Nesse mesmo dia, o órgão encaminhou ofício ao presidente do CEPERJ, Gabriel Lopes, solicitando esclarecimentos sobre as denúncias. Como não obteve retorno, em 7 de junho, um novo ofício foi encaminhado pelo Ministério Público concedendo 10 dias para prestar as informações.

Em 31 de maio, o MP oficiou ao presidente da Comissão de Acompanhamento do Concurso da Assembleia Legislativa, Eduardo Pinheiro Ribeiro, solicitando esclarecimentos sobre as denúncias.

Em 6 de junho, o Ministério Público emitiu recomendação à Comissão do Concurso orientando que as divulgações dos resultados de todas as fases do certame fossem publicadas com os nomes de todos os candidatos aprovados e respectivas notas, além da publicação de listas separadas, diferenciando os candidatos às vagas de ampla concorrência e as reservadas aos negros e pessoas com deficiência.

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