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Com risco de não se reeleger, deputado tentou "insurgência" em encontro do PT

Deputado estadual Zé Inácio tentou ser o candidato a vice na chapa do governador Carlos Brandão, mas acabou sendo obrigado a rever sua decisão e ainda fazer um discurso de unidade do grupo governista.

Ipolítica

Atualizada em 02/05/2023 às 23h37
Deputado Zé Inácio precisou rever postura e ainda fazer discurso de unidade do grupo governista
Deputado Zé Inácio precisou rever postura e ainda fazer discurso de unidade do grupo governista (Zé Inácio)

O Partido dos Trabalhadores (PT) do Maranhão definiu oficialmente que vai caminhar junto com o PSB na disputa pelo governo e também para o Senado no estado. Assim, a legenda vai apoiar a candidatura a reeleição do governador Carlos Brandão e estarão junto com Flávio Dino, na candidatura a senador.

O resultado foi comemorado a exaustão pelos petistas palacianos. A comemoração com tom de que novas adesões chegaram ao projeto de reeleição do governador. E, na verdade, não é bem assim. Os que comemoraram são os mesmos que por meses criaram eventos fake para tentar provar posição definitiva do PT.

Mas o resultado é importante demais para o Palácio dos Leões. Afasta de uma vez qualquer possibilidade de “insurreições” internas que poderiam atrapalhar a relação do PT com o PSB e promover novas tensões no Leões.

“Insurreições” como a promovida pelo deputado estadual Zé Inácio, que queria debater uma possível candidatura sua para ser vice de Brandão. O objetivo do parlamentar era fazer com que outros petistas aliados gostassem da ideia e assim mudasse a posição já tomada pró-Brandão e Felipe Camarão.

O movimento, ao contrário do que se pensava, não foi nulo. Havia a pressão de aliados de Zé Inácio e chegou a se falar em mudar de lado.

Para terminar com a insurgência foi chamado o líder do grupo palaciano: Flávio Dino. O socialista, em uma ligação, deixou claro para o deputado que como vice-líder governista na Assembleia Legislativa, a postura adotada pelo petista não era das melhores.

O certo seria aceitar a decisão da maioria, deixar de conturbar o processo interno e ainda montar um discurso que passasse a ideia de unidade. Se assim não ocorresse, a pena seria a exoneração dos nomes de Inácio em cargos no governo.

Sem saída, o insurgente de plantão seguiu o que foi indicado e acabou com a confusão que vinha fazendo no encontro de tática petista.

Risco
O motivo que levou Zé Inácio a causar problemas internos no PT e para o Palácio dos Leões foi o risco que ele corre de não conseguir a reeleição.

Com a federação do PT com PV e PCdoB, o petista sabe que tem concorrentes para a Assembleia como o presidente da Assembleia Legislativa, Othelino Neto, a deputada Ana do Gás e o ex-secretário do governo Dino, Rodrigo Lago.

Diante das possibilidades reduzidas da reeleição, Zé Inácio tentou buscar mesmo o espaço para ser vice de Brandão. Mas esqueceu que a preferência de Dino é que deveria prevalecer.

Tentando evitar

Os aliados do senador Weverton Rocha (PDT), pré-candidato ao governo, já sabem que quando a decisão local chegar na direção nacional, nada deverá sofrer mudanças.

Com isto, o pedetista tenta evitar que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva venha ao Maranhão para subir no palanque de Carlos Brandão e Flávio Dino.

Na verdade, Weverton tenta evitar que até declaração de apoio a Brandão seja gravada pelo ex-presidente no horário eleitoral.

Críticas

O sociólogo Paulo Romão, mesmo sabendo da derrota que sofreria no encontro de tática eleitoral petista, não se conforma com o resultado.

Nas redes sociais, Romão fez críticas duras ao PT do Maranhão, garantindo que o partido “escolheu permanecer pequeno” ao optar pela aliança com o PSB.

O que o sociólogo não diz é que mesmo se a escolha fosse por Weverton Rocha, como ele defendia, o partido continuaria pequeno do mesmo jeito.

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