Análise

Com aglomeração, sem fiscalização e sem consciência

Em mais uma edição da Feirinha São Luís foi possível acompanhar centenas de pessoas se aglomerando, não usando máscaras e descumprindo decreto estadual

Carla Lima/Editora de Política

Atualizada em 27/03/2022 às 11h02
Centenas de pessoas se aglomeram em Feirinha São Luís no Centro Histórico
Centenas de pessoas se aglomeram em Feirinha São Luís no Centro Histórico (Feirinha São Luís)

SÃO LUÍS - Pelo segundo fim de semana, centenas de pessoas decidem pela aglomeração na Feirinha São Luís. Basta passar pelos locais onde funciona a feira para perceber que os protocolos de distanciamento social e uso de máscaras são constantemente desrespeitados.

Três pontos são verificados nesta aglomeração na Feirinha São Luís: descontrole na entrada de pessoas, o que resulta num número superior a 400 pessoas por evento em ambiente aberto, a falta de fiscalização dos órgãos competentes como a Vigilância Sanitária e a nítida falta de consciência de parte da população, que já enfrentou duas fortes ondas da Covid-19 na ilha.

A Prefeitura de São Luís, precisa urgente, obedecer o decreto estadual sobre o número de pessoas no evento de fim de semana. A ideia de expandir a feira é excelente, mas o ambiente que ficam as comidas e bebidas é onde mais aglomera as pessoas, que por precisar comer e beber, não usam máscaras.

Na época da gestão do prefeito Edivaldo Júnior, quando retornou a Feirinha São Luís, a opção foi por não vender bebidas alcoólicas no ambiente que estava sendo vendido comidas e demais produtos como artesanato.

Sobre a fiscalização dos órgãos competentes, este serviço sempre foi feito sem máxima eficiência como deveria. A isso, claro, fica aliada a questão política. Por serem adversários, a Prefeitura e o Governo Estadual, pode haver uma interpretação política de que o Palácio dos Leões está perseguindo o prefeito Eduardo Braide (Podemos).

Ou seja, mais uma vez, durante esta pandemia, o que deveria ser tratado com seriedade e foco em reduzir os riscos de nova onda de contaminações, internações com sistema de saúde atendendo no limite e alta no número de óbito, as querelas políticas são priorizadas.

Mas vale lembrar que se a população tivesse devida consciência, a Prefeitura de São Luís poderia deixar em funcionamento o dia todo a feirinha, que não haveria aglomeração. Se com consciência, a fiscalização não seria necessária.

Se com consciência em proteger a sua própria vida e a do próximo, eventos como a Feirinha São Luís não seria o “sucesso” de público a cada fim de semana. “Sucesso” de aglomeração de gente, por sinal, é mais um ponto ruim para se destacar nesta pandemia na capital.

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