Zoonoses

Com interdição do CCZ, cresce número de animais soltos nas ruas

A interdição ocorreu após denúncias contra maus-tratos a animais no CCZ.

Maurício Araya/Imirante

Atualizada em 27/03/2022 às 12h05

SÃO LUÍS – Permanece interditada a unidade do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) de São Luís, órgão responsável pela captura de cães e gatos na Região Metropolitana da capital maranhense. Como consequência, cresce o número de animais soltos nas ruas, colocando em risco a saúde pública.

A interdição ocorreu após denúncias contra maus-tratos a animais no CCZ. Uma organização não governamental denunciou, à época, que todos os animais recolhidos das ruas eram sacrificados, ainda que apresentem coleira com indicação do dono ou estejam saudáveis; além de ficarem vários dias sem água e alimentação.

Segundo o coordenador do CCZ de São Luís, João Batista Pires, no entanto, a consequência é mínima, pois outros trabalhos estão sendo desenvolvidos, e não é tarefa do CCZ capturar ou sacrificar animais, e, sim, desenvolver a consciência dos proprietários de animais. "A consequência, ela é mínima, hoje, porque a gente não pode mais fazer a captura em si. Imagine, assim, nós vamos recolher esses animais que estão na rua em São Luís e vamos botar onde? Nós vamos sacrificar? Existe uma diferença da protetora de animais para o controle de zoonoses. Elas querem proteger o animal. Nós, também, queremos proteger o animal, mas nós queremos proteger o animal na residência dele. Nós queremos que o proprietário proteja ele", disse em entrevista ao Imirante nesta segunda-feira (12).

Além do trabalho de conscientização, o coordenador do CCZ acredita que há necessidade de ampliar o trabalho de vacinação contra as zoonoses, como, por exemplo, a raiva, que registrou, em 2011, mais de 50 casos em São Luís. Em 2012, a mesma média, sendo que foram registrados dois casos de raiva humana. "O que pode se fazer hoje para essa situação é um trabalho nas escolas, e fazer o que o trânsito já vem fazendo há vários anos. A gente já está com um projeto nessa direção para fazer essa inserção na escola e modificar a mentalidade das crianças nas escolas. Nós entendemos que essas crianças vão ajudar a modificar os pais. E, também, fazer os trabalhos direcionados, também, por exemplo, para a raiva", completa.

Na primeira campanha de vacinação contra a raiva de 2013, o CCZ alcançou índice de vacinação de 87%. Uma nova campanha está prevista para ocorrer em setembro, com expectativa de 90% em vacinação.

Leia outras notícias em Imirante.com. Siga, também, o Imirante nas redes sociais Twitter, Instagram, TikTok e canal no Whatsapp. Curta nossa página no Facebook e Youtube. Envie informações à Redação do Portal por meio do Whatsapp pelo telefone (98) 99209-2383.