Projeto de lei agrícola dos EUA não satisfaz Brasil

Atualizada em 27/03/2022 às 14h08

BRASÍLIA - O Brasil considerou o projeto de lei agrícola dos Estados Unidos (Farm Bill) para o período de 2007 a 2012 "incapaz" de propiciar um resultado satisfatório e equilibrado para a Rodada Doha da Organização Mundial do Comércio (OMC). A posição foi expressa ontem pelo subsecretário-geral de Assuntos Econômicos e Tecnológicos do Itamaraty, ministro Roberto Azevêdo, ao final de uma análise preliminar do pacote anunciado no último dia 31 pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos, que prevê o desembolso de US$ 87 bilhões em subsídios aos agricultores americanos nos próximos cinco anos.

A posição brasileira foi expressa igualmente em nota divulgada nesta sexta pelo Itamaraty. No próximo dia 7, durante a reunião do Comitê de Negociações Comerciais da OMC, em Genebra, será a vez do G-20, grupo de economias em desenvolvimento concentrado nas discussões do capítulo agrícola da Rodada Doha e liderado pelo Brasil e a Índia, apresentar seu ponto de vista sobre a nova lei agrícola americana.

Segundo Azevêdo, as 183 páginas da Farm Bill trazem elementos positivos, como a transferência de boa parte dos recursos para programas de subsídios menos distorcivos do comércio agrícola mundial. Porém, esses avanços são modestos. "O G-20 vai continuar trabalhando em favor de um movimento conciliador para eliminar o protecionismo excessivo e distorcivo dos países ricos", afirmou Azevêdo. "O projeto da Farm Bill, tal qual foi apresentado pelo Departamento de Agricultura, é insuficiente para o desfecho positivo da Rodada Doha".

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