Feirantes exigem mudança na Cidade Operária

O Estado do Maranhão

Atualizada em 27/03/2022 às 15h28

Alegando que a feira da Cidade Operária se transformou em uma bagunça. Um grupo de feirantes pretende convocar assembléia geral da cooperativa para substituir o atual diretor, Hamilton Firmo Pereira, que se defende afirmando que os próprios feirantes são os responsáveis pela desorganização e que a inadimplência de 80% dificulta a administração.

Um dos mais revoltados é o feirante Josivan da Cruz Santos, conhecido como “Cabeludo”, segundo ele, o atual diretor foi colocado na administração provisoriamente, depois que o presidente eleito entregou o cargo por discordar de algumas coisas que começaram a ser feitas pela diretoria.

A previsão era que ele seria efetivado, mas, por não ter demonstrado condições de continuar à frente da direção, deverá deixar a administração, depois da assembléia geral que será realizada em breve.

DEFESA - Josivan Santos alega que a direção não consegue manter os feirantes dentro da feira, com isso, eles vêm para a parte externa, instalando-se nas ruas próximas à feira, gerando um verdadeiro caos. Ele garantiu que a bagunça é tão grande que chega ao ponto de existir mais bancas do lado de fora que na parte interna.

Para o diretor da feira, Hamilton Ferreira, os feirantes não têm razão para reclamar, pois todos são orientados para ficar dentro da feira, inclusive foram notificados pela promotora de defesa dos Direitos dos Cidadãos, Márcia Buhatenm, que proibiu a venda de produtos na parte externa do mercado.

Hamilton Ferreira disse que não tem como obrigar as pessoas a não ocuparem a parte externa da feira e as ruas próximas, porque não possui poder de polícia. “Existe gente aí que tem uma barraca dentro da feira e duas no lado de fora e explico todos os dias que isso está errado, mas elas não voltam, e se eu for retirar à força, a revolta será geral”, destacou.

Sobre sua retirada da direção, Hamilton Ferreira disse que apenas um grupo que lhe faz oposição, justamente os maiores devedores. “Cabeludo, por exemplo, tem quatro boxes, não paga desde o início do ano, e deve cerca de R$ 440,00”, disse.

HIGIENE - O funcionário público Luís Alberto Pereira, que há 13 anos freqüenta a feira, informou que já a viu em piores condições, mas assegurou que muitas coisas precisam melhorar. Ele reclamou da falta de higiene na parte externa, onde muitos comerciantes expõem suas mercadorias em bancas armadas sobre o esgoto. “Aquilo lá está errado e a Vigilância Sanitária precisa intervir”, assegurou o funcionário público, apontando para uma banca de banana instalada a uns 40 centímetros da água que escorre pela sarjeta.

A feira da Cidade Operária é a maior de São Luís, possui 504 boxes e 204 bancas e, segundo o administrador, se encontra em bom estado de conservação e que a promotora Márcia Buhaten faz um acompanhamento periódico das condições de higiene. “Os boxes são recobertos com cerâmicas e todas as bancas de concreto revestidas de azulejos”, acrescentou.

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