Poucos confrontos entre candidatos no debate da Bahia

Agência Nordeste

Atualizada em 27/03/2022 às 15h29

SALVADOR - O debate entre os candidatos à sucessão estadual baiana realizado ontem à noite, pela TV Bahia, tornou-se mais interessante nos momentos em que houve confronto direto entre Paulo Souto (PFL) e Jaques Wagner (PT). Também participaram Prisco Viana (PMDB) e Itaberaba Lyra (PSB). De acordo com o jornal A TARDE, todos cumpriram as rigorosas regras estabelecidas para o encontro, sob a mediação do jornalista William Waack, da Rede Globo de Televisão.

Durante a maior parte do tempo do debate, iniciado às 22h25, Jaques Wagner, Prisco Viana e Itaberaba Lyra atuaram de forma conjunta, procurando deixar o ex-governador Paulo Souto fora de discussões polêmicas, como a questão dos incentivos para a instalação da Ford no município baiano de Camaçari. Souto é líder nas pesquisas de intenção de votos na corrida pelo Palácio de Ondina. Por esta razão, os opositores tentaram mantê-lo isolado.

Souto procurou defender-se adotando outra tática: a de dirigir perguntas ao último colocado nas pesquisas, Itaberaba Lyra (PSB), e aproveitar a oportunidade de réplica para apresentar suas idéias e propostas. Em várias respostas, no entanto, o pefelista registrou o desconforto de não poder responder às críticas dirigidas aos governos carlistas.

Ao falar sobre o processo de industrialização no Estado, Jaques Wagner disse que a Ford foi bem-vinda, mas não gerou os 55 mil empregos anunciados pelo governo. “Criou três mil empregos e exigiu tanto que o Estado ficou impedido de investir em outras áreas”, declarou.

Prisco Viana deu continuidade ao assunto ressaltando que foi o presidente Fernando Henrique Cardoso quem assinou a medida provisória, criando as condições necessárias para a vinda da fábrica de automóveis para a Bahia. “Sou grato ao presidente Fernando Henrique por isso”, destacou, insinuando haver ingratidão dos pefelistas em relação ao Palácio do Planalto.

Wagner se dirigiu a Souto para questionar o modelo de segurança pública vigente que privilegia as chamadas áreas nobres, em prejuízo dos bairros periféricos da capital. Em resposta, Souto citou o domínio dos traficantes cariocas sobre o Rio de Janeiro, governado por Benedita da Silva (PT). "Esta semana, o País ficou estarrecido qo constatar o pânico em que vive a população do Rio de Janeiro", assinalou. "Isso não acontece na Bahia, onde estaremos buscando sempre formas mais eficientes de combate ao crime.

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