Debate de hoje não permite erros a candidatos

Agência Nordeste

Atualizada em 27/03/2022 às 15h29

BRASÍLIA – Acontece hoje o último debate entre os presidenciáveis antes do 1º turno das eleições. A partir das 22h20, a expectativa é de que cerca de 60 milhões de telespectadores estejam ligados à TV Globo para acompanhar o terceiro encontro entre os quatro principais candidatos à Presidência este ano – os outros debates foram realizados pelas TVs Bandeirantes e Record.

O desempenho dos candidatos nesse encontro é considerado "vital" nesta reta final. Com o fim da campanha de rua hoje, os presidenciáveis apostam as últimas fichas no debate. Afinal, de acordo com a última pesquisa CNT/Sensus, 32,3% do eleitorado ainda não definiriam em quem votar e, entre eles, a maioria, 21%, só vai fazer a sua escolha no dia da eleição. A pesquisa constatou, porém, que o debate é a principal fonte de informação para definição de voto na opinião de 31,2% dos eleitores.

Erros, hoje, não são aceitos politicamente na corrida eleitoral. Está em jogo a confirmação ou não do 2º turno. O petista Luiz Inácio Lula da Silva tenta ganhar já na primeira fase do pleito. José Serra (PSDB), Anthony Garotinho (PSB) e Ciro Gomes (PPS) devem tentar de tudo para garantir a continuação da disputa. Todos garantem no entanto, que não partirão para ataques pessoais.

Foram justamente denúncias na área pessoal que desestruturaram Lula nos dois últimos debates de 1989, quando disputava a Presidência com Fernando Collor de Mello. Na ocasião, o petista chegou ao segundo debate abalado pelas acusações de que teria sugerido que uma ex-namorada fizesse um aborto. O episódio ficou conhecido como caso Lurian. E, no debate final, Collor revelou a todo o público que Lula tinha uma aparelhagem de som super sofisticada enquanto ele, empresário da área de comunicação, não tinha condições de ter um equipamento semelhante em casa. Após a revelação do "segredo", Lula não conseguiu mais manter o equilíbrio nas discussões.

É por isso que, no PT, a avaliação é de que o debate é definitivo para o resultado das eleições. "É evidente que o debate é importante. Não tem nada consolidado até agora", afirmou o presidente do partido, deputado José Dirceu (SP).

O encontro entres os presidenciáveis hoje deverá durar cerca de duas horas e será dividido em cinco blocos, sendo quatro para as discussões e o último para considerações finais. Haverá momentos de tema livre e de tema determinado. O mediador será o jornalista William Bonner, que poderá interferir nas perguntas se houver algum ponto de dúvida.

Os candidatos serão proibidos de exibir qualquer tipo de documento, já que não haverá como comprovar a veracidade a tempo. Também foi proibida a presença dos marqueteiros dos presidenciáveis no estúdio.

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