Pan Diamante vai dar assistência a consumidores de drogas

Atualizada em 27/03/2022 às 15h29

O Hospital PAM Diamante vai colocar em funcionamento a partir desta segunda-feira, 30, um ambulatório destinado ao atendimento de crianças e adolescentes consumidores de drogas.

A medida faz parte de um conjunto de atividades contemplados no Sistema Interinstitucional de Ações Anti-Drogas, (SIAD) criado pelos conselhos estaduais de Entorpecentes e de Educação, e que está sendo colocado em prática pelo Governo do Estado.

A criação do ambulatório no PAM é apenas parte de um trabalho mais amplo, que prevê a realização de ações em três níveis: saúde, educação e assistência social.

O projeto está sendo executado pela Gerência de Qualidade de Vida, Gerência de Desenvolvimento Humano e Gerência de Desenvolvimento Social.

“O problema das drogas na infância e na adolescência tem que ser combatido não só no âmbito da saúde.

Por isso estamos colocando em prática um trabalho muito mais amplo que garanta a prevenção do uso de drogas na escola e também permita a reintegração do ex-viciado.

O governador José Reinaldo Tavares, sensível a este problema, não está medindo esforços para implementá-lo”, destacou o gerente de Qualidade de Vida, Abdon Murad.

Ainda no âmbito da saúde, como parte das ações do Programa de Assistência Integral dos Usuários de Drogas (PAID), está prevista a abertura de mais ambulatórios no Hospital Nina Rodrigues e no Centro de Saúde Genésio Rego.

O consultor científico do SIAD, responsável pela elaboração do plano de ações anti-drogas, quando foi presidente do Conselho Estadual de Entorpecentes (Conen-MA), em 92, explicou que o ambulatório atenderá também os familiares dos usuários de drogas.

O atendimento local será prestado por uma equipe multidisciplinar formada por médico, psicólogo, assistente social, enfermeiro e auxiliares.

Se o paciente necessitar de internação, o serviço de referência estadual para atendimento desta clientela será a Comunidade Terapêutica Rui Palhano, situada no município da Raposa.

A terceira iniciativa do Governo do Estado, para garantir a democratização destas ações, será a criação dos Centros de Atenção Psicossociais de álcool e drogas (CAPS-AD), que serão instalados nos municípios sede de cada uma das 18 gerências regionais.

A intenção, segundo Abdon Murad, é criar um cinturão sanitário capaz de garantir o atendimento aos jovens viciados na sua própria região, evitando assim o deslocamento desnecessário para a capital ou qualquer outro estado.

“Mas se ele precisar de internação, nós o transferiremos para a Comunidade Terapêutica Rui Palhano, em São Luís”, disse o gerente.

Para colocar em prática o projeto, a Gerência de Qualidade de Vida treinará cerca de 70 profissionais de saúde envolvidos no trabalho tanto na capital quanto nas regionais.

O curso de capacitação será iniciado até o dia 10 de outubro. “Este projeto é antigo, mas que ao longo dos anos veio sofrendo modificações. Só o Governo do Estado teve a determinação de colocá-lo em prática”, frisou Abdon Murad.

Na área da educação, o SIAD prevê a viabilização do Programa Permanente de Ação Anti-Drogas nas Escolas (PADE).

Para tanto, está sendo formado uma comissão, que reunirá representantes da escola, dos alunos e professores. Esta comissão ficará responsável pela execução do programa.

“A intenção é viabilizar um conjunto de medidas para impedir que as crianças e adolescentes entrem em contato com as drogas no âmbito escolar, que nós sabemos que é um portal de entrada para o consumo”, destacou o consultor científico do SIAD, o psicanalista e especialista em Dependência Química, Rui Palhano.

A última ponta do tripé refere-se a área social. A idéia do Governo do Estado é colocar em prática dois programas distintos.

O primeiro chamado, Programa de Reintegração Social do Usuário de Drogas, trata-se de um conjunto de medidas que visam incentivar a permanência dos ex-usuários de drogas em estado de abstinência.

O outro programa é voltado para as lideranças comunitárias, agentes de saúde, educadores de rua. Eles serão chamado a assumir a responsabilidade de implementar ações preventivas no âmbito das comunidades.

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