Palestra

Assédio moral e sexual é discutido por advogados de Imperatriz

Roda de conversa busca mobilizar a categoria e toda a sociedade pra combater essa prática, ainda comum.

Imirante.com / Imperatriz

Atualizada em 24/06/2022 às 16h51
Advogados de Imperatriz discutem  assédio, presidente da Comissão Da Mulher e da Advogada da OAB/MA, Nathusa Chaves, participa do debate. (Foto: Divulgação)
Advogados de Imperatriz discutem  assédio, presidente da Comissão Da Mulher e da Advogada da OAB/MA, Nathusa Chaves, participa do debate. (Foto: Divulgação)

IMPERATRIZ - Um encontro de advogadas e advogados em Imperatriz, realizado na tarde dessa quinta-feira (23), deu um passo importante nas discussões sobre assédio na advocacia, colocando em prática a campanha de combate ao assédio moral e sexual na esfera do direito, lançada pelo Conselho Federal da Ordem dos advogados do Brasil, em março deste ano.

A ideia de iniciar o debate em Imperatriz busca dar mais visibilidade à campanha e sensibilizar multiplicadores dessa discussão para além dos escritórios, para que haja o combate efetivo do assédio em todas as esferas. A roda de conversa encabeçada pelo escritório de advocacia do juiz eleitoral substituto do Tribunal Regional Eleitoral do Maranhão, Gilson Ramalho, contou com a participação on-line da presidente da Comissão da Mulher e da Advogada do Maranhão, Nathusa Chaves, compartilhando relatos que ainda são comuns e enfrentados por jovens advogados em diversos locais de trabalho, como delegacias, presídios e fóruns de Justiça. Diferentemente do assédio sexual que tem conduta tipificada no Código Penal, o conceito de assédio moral ainda está sendo erguido na jurisprudência.

Reunião com os advogados. (Foto: Divulgalção)
Reunião com os advogados. (Foto: Divulgalção)

“É uma mudança de conduta que não se faz do dia pra noite, isso aqui é uma espécie de plano piloto e o que a gente quer é ser copiado o máximo de vezes possível, não só em Imperatriz, mas no Maranhão inteiro, em outros estados, que a gente possa discutir o tema e envolver principalmente os homens para essa mudança de conduta, obviamente que a gente também vê casos de assédio praticado por mulheres”, destacou Gilson Ramalho.

Gilson destacou ainda na sua fala que a campanha não é uma luta de advogadas contra advogados, mas que requer o envolvimento de todos, o que foi reforçado na participação do advogado criminalística Jimmy Deyglisson, que lembrou que “as estatísticas que nós observamos, na maioria das vezes em que o assédio acontece ele é praticado por homens, e nada mais importante do que os homens inseridos nesse debate”, disse.

A campanha também serve de alerta para os novos advogados. “Muitas advogadas, principalmente as que estão iniciando a carreira, não têm noção do que é o assédio e passam por situações sem saber como se defender, por isso é importante o debate e a informação”, disse Tereza Cristina Pereira, membro da comissão da mulher e da advogada da OAB, Subseção de Imperatriz.

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