Protesto

Professores federais, em greve, ocupam Ministério da Educação

A categoria está parada há mais de 100 dias e insatisfeita com as negociações.

Imirante Imperatriz

Atualizada em 27/03/2022 às 11h39
(Divulgação / Sirliane Souza Paiva)

IMPERATRIZ – Os professores das universidades federais, que estão em greve, ocuparam, na tarde desta quinta-feira (24), em Brasília, o gabinete do ministro da Educação, Janine Ribeiro. A medida visa aumentar a pressão sobre o governo federal na tentativa de ter as solicitações atendidas.

A categoria, parada há mais de 100 dias, está insatisfeita com o ritmo das negociações e cobra uma resposta concreta do governo. Mais de 40 universidades públicas paralisaram atividades em todo o país.

Os professores querem, principalmente, melhores condições de trabalho e a garantia de que a terceirização não chegue à educação. Tramitam no Congresso Nacional projetos de lei que ameaçam o caráter público das universidades federais, a estabilidade e novos concursos, segundo os professores.

Além disso, foram cortados mais de 10 bilhões da educação no ajuste fiscal realizado pelo governo federal. Desde a manhã, os professores protestavam na portaria do Ministério do Planejamento. Uma barreira do foi montada com policiais militares para evitar que professores e alunos ocupassem o prédio. O protesto então mudou para o Ministério da Educação.

Segundo os docentes, as bolsas de incentivo a pesquisa foram cortadas e as condições de trabalho nas universidades estão difíceis. Com mais de 100 em greve, os alunos nãos estão perdendo não só aulas, mas também os cortes para os projetos.

O Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes) divulgou nota apoiando a ocupação no Ministério do Planejamento e afirma que o protesto é de inteira responsabilidade do Ministério da Educação.

“Depois de mais de 115 dias da greve da educação federal, 16 docentes ocuparam o gabinete do ministro da Educação, exigindo que o mesmo receba o Comando Nacional de Greve e acabe com o impasse das negociações. Nesse sentido, após debate intenso, deliberamos pela manutenção da ocupação até que o ministro Janine Ribeiro receba o CNG Andes. Reiteramos que esta ocupação é de inteira responsabilidade do MEC que mantém sua intransigência em não negociar com os docentes em greve”, diz a nota.

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