IMPERATRIZ - Mais de três mil homens, de 29 a 59 anos, perderam a vida entre 2006 e 2010 em Imperatriz, acometidos por algum tipo de doença, entre elas o câncer de próstata e o de pênis.
Os dados divulgados pelo sistema de saúde do Município, na semana passada, preocupam as autoridades sanitárias porque tem proporções de uma guerra com possibilidade de crescer ainda mais se nada for feito para tentar mudar essa realidade.
Criado há um ano, o Programa de Saúde do Homem, executado pela Prefeitura de Imperatriz, em parceria com o Governo Federal, está preparando para os próximos dias a execução de várias ações como campanhas direcionadas ao público masculino.
A primeira medida será a elaboração de uma cartilha com orientações básicas de saúde para distribuição em locais de grande concentração masculina, como em jogos de futebol.
“Vamos criar estratégias para chamar a atenção desse homem para os agravos sobre a saúde dele, que adoece, mas só procura atendimento, muitas das vezes, quando a doença já está instalada”, anunciou o coordenador do programa, Genivaldo Carvalho Moraes.
A preocupação com o público alvo é fundamental para o bem-estar de toda a família, que acaba afetada quando um de seus integrantes é acometido por uma doença grave.
O coordenador alertou que a iniciativa inédita na cidade pretende levar muitos homens aos postos de saúde. A proposta é fazer com que eles encarem com naturalidade uma rotina de consultas e exames, seguindo o exemplo das mulheres, que visitam o ginecologista regularmente.
“Temos a informação de que, dos 243 mil habitantes de Imperatriz, 48% são homens na faixa etária de 20 a 100 anos e 52% são de mulheres, o que nos deixa em minoria. O homem sofre preconceito quando vai chegando aos 40 anos porque sempre tem alguém para lembrá-lo em tom de brincadeira que já está chegando a época de fazer o exame de toque retal”, observou o coordenador.
O temido exame é o último da lista a ser feito por um homem que se dispõe a cuidar da saúde. Antes dele, são feitos os exames de PSA Livre e PSA Total ou exames de sangue.
No caso de ser detectada alguma alteração da próstata, é solicitada a ultrassonografia que ainda pode resultar na realização de uma biopsia e só em último caso é que vem o exame de toque retal.
Enfermidades
Especialistas dizem que os homens geralmente são acometidos por doenças nas áreas de cardiologia, urologia ou saúde mental. Em cardiologia, as doenças mais comuns são hipertensão e diabetes; em urologia o câncer de pênis ou próstata, e na área psicológica o paciente é acometido por depressão ao se deparar com a mudança que vem ocorrendo nos últimos anos, em que deixou de ser o provedor da família, pois a mulher já tem papel definido na sociedade.
O urologista Waldir Laje, que integra o programa, ressaltou que em termos globais a média de vida do homem é de 8 a 9 anos menos que a mulher, exatamente em função de ele não cuidar da saúde da próstata e controlar a hipertensão e a diabetes para prevenir ainda o Acidente Vascular Cerebral (AVC), doença mais conhecida como derrame cerebral”.
“O câncer de próstata é o segundo tumor mais freqüente no homem,o crescimento da próstata atinge em torno de 90% dos homens. Destes, cerca de 10% a 15% vão precisar operar”, explicou o especialista.
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