Entenda regras

Casa própria: governo apresenta nova modalidade de empréstimo

Medida amplia teto de imóveis financiados e libera mais recursos para o setor habitacional.

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A iniciativa busca ampliar o acesso ao crédito habitacional, viabilizar a construção de novas moradias e estimular o setor da construção civil.
A iniciativa busca ampliar o acesso ao crédito habitacional, viabilizar a construção de novas moradias e estimular o setor da construção civil. (Foto: Reprodução)

SÃO PAULO — O governo federal anunciou, nesta sexta-feira (10), um novo modelo de empréstimos para casa própria, com foco na classe média. A iniciativa busca ampliar o acesso ao crédito habitacional, viabilizar a construção de novas moradias e estimular o setor da construção civil.

Durante cerimônia realizada em São Paulo, o Palácio do Planalto detalhou as mudanças no Sistema Financeiro da Habitação (SFH), que incluem aumento no valor máximo dos imóveis financiados e maior participação da Caixa Econômica Federal nas operações de crédito.

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Principais mudanças no financiamento habitacional

Entre as alterações anunciadas, destacam-se:

🏠 O valor máximo do imóvel financiado pelo SFH passa de R$ 1,5 milhão para R$ 2,25 milhões

💰 A Caixa volta a financiar até 80% do valor do imóvel pelo Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE) — antes, o limite era de 70%

📉 Juros de até 12% ao ano, abaixo da taxa básica da economia, atualmente em 15%

🏗️ Expectativa de financiamento de 80 mil novos imóveis pela Caixa

Segundo o ministro das Cidades, Jader Filho, a medida atende famílias com renda acima das faixas contempladas pelo programa Minha Casa Minha Vida, que vai até R$ 12 mil mensais.

Impacto no setor e liberação de recursos

O novo modelo de empréstimos para casa própria também altera regras de direcionamento dos recursos da poupança:

65% dos depósitos da poupança, que hoje são obrigatoriamente destinados ao crédito imobiliário, deixarão de ser vinculados

Parte dos depósitos compulsórios no Banco Central será liberada gradualmente

Até 5% dos saldos de poupança usados em crédito imobiliário poderão ser deduzidos da exigência de recolhimento ao BC

De acordo com o Banco Central, essas mudanças devem liberar R$ 111 bilhões em recursos no primeiro ano, sendo R$ 52,4 bilhões a mais em relação ao modelo atual — dos quais R$ 36,9 bilhões estarão disponíveis de forma imediata.

Contexto econômico e queda na poupança

O governo justificou a reformulação do modelo com base na queda dos depósitos vinculados à habitação:

📉 Em setembro, os recursos somavam R$ 755 bilhões — abaixo do recorde de R$ 801 bilhões em dezembro de 2020

📉 A baixa rentabilidade da poupança, diante da alta da taxa Selic, contribuiu para a redução dos depósitos

📊 O volume de crédito imobiliário depende diretamente do saldo da poupança

Com a nova estrutura, o governo espera ampliar o crédito disponível e oferecer alternativas para famílias que estavam sem acesso ao financiamento habitacional.

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