BRASÍLIA - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) fez um apelo hoje à sociedade brasileira, para que haja busca permanente por vacinação contra a Covid-19. A declaração ocorreu depois de a Organização Mundial de Saúde (OMS) ter declarado o fim da pandemia [emergência sanitária]. 

Lula disse que a pandemia ainda não acabou, falou em “negacionismo” e criticou a gestão anterior.

Com o fim da emergência sanitária declarado pela OMS, contudo, já não há mais o grau máximo de alerta para coordenar ações emergenciais contra a doença, em todo o planeta. 

"Depois de 3 anos, hoje finalmente podemos dizer que saímos da emergência sanitária pela Covid-19. Infelizmente, o Brasil passou da marca de 700 mil mortos pelo vírus. E acredito que ao menos metade das vidas poderiam ter sido salvas se não tivéssemos um governo negacionista", escreveu Lula no twitter.

O petista disse que o Governo Federal vai incentivar a ciência e as campanha permanente de vacinação.

"Apesar do fim do estado de emergência, a pandemia ainda não acabou. Tomem as doses de reforço e não deixem de ter o esquema vacinal sempre completo. E o governo federal irá incentivar a saúde, ciência e pesquisa no nosso país. Irá atuar para preservar vidas", pontuou.

OMS

A OMS anunciou o fim da emergência sanitária após reunião do Comitê de Emergência da entidade.

"É com grande esperança que declaramos que a Covid-19 não é mais uma emergência global", disse o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom. 

Segundo especialistas, o fim da pandemia só foi possível graças aos altos níveis globais de imunidade, induzidos pela vacinação em larga escala e/ou infecção.

A pandemia da covid-19 durou oficialmente três anos, causando mais de 764 milhões de casos em todo o mundo. Estima-se que quase 7 milhões de pessoas morreram devido à doença, porém especialistas apontam que o número deve ser bem maior devido à subnotificação.

Apesar da mudança de status, a covid-19 continua a fazer vítimas pelo mundo. Entre os dias 3 a 30 de abril deste ano, foram registrados 2,8 milhões de novos casos e mais de 17 mil mortes pela OMS. 

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